30/mai/24

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01/jun/24

Deixei o quarto às 9:10 h para ir à estação de trem mais uma vez. A intenção era comprar uma passagem de ida e volta para a cidade vizinha de Chaumont. Claro que cheguei junto com o trem e não deu tempo de entrar. O seguinte partiria em apenas 2 horas e o percurso levaria menos de 10 minutos. Acho que foi culpa do inconsciente porque já havia entrado neste mesmo transporte para ir à Amboise dois dias atrás e sabia exatamente o horário. Apenas confiei que o seguinte seria mais cedo. Cheguei a pensar em fazer o trajeto a pé, mas desisti após verificar a rota no mapa eletrônico. Quatro horas andando sob essas nuvens malucas não parecia boa ideia. Também não atraía a possibilidade de pegar o ônibus do meio-dia para Cheverny, outro castelo. A volta seria somente no final da tarde. Havia praticamente esgotado as opções do centro histórico e estava sem noção do que fazer. Comecei a andar. A decisão veio com ajuda meteorológica. Entrei no escritório de turismo para procurar inspiração e nada me chamou a atenção. Fui para a esplanada do castelo, em frente e, antes de conseguir pensar direito, a garoa me convenceu de que a melhor atitude seria voltar para o quarto e pendurar o sinal de não perturbe na porta. Pensei um pouco melhor e decidi levar material de leitura para a recepção, aguardando o final da faxina. Duas horas lendo não foi suficiente para a arrumadeira terminar seu trabalho e resolvi voltar ao terminal ferroviário para comprar o bilhete para a transferência de amanhã. Aproveitei para visirar o supermercado, que ficava perto e, com tempo um pouco mais estável, iniciei outra caminhada pela cidade. Fui para um lado diferente e pude observar algumas construções desconhecidas, como o Conservatório de Música, a Biblioteca e a Universidade que envolvem uma praça, o Mercado de Grãos, atualmente ocupado por uma sala de espetáculos e exposições e o Palácio de Justiça. Ali perto ficava um belo pórtico ladeado por duas torres cilíndricas que, apesar do bom estado de conservação, parecia estar meio escanteado Passei num parque com três memoriais para lembrar os mortos em guerras e me preparei para tentar novamente o quarto fugindo de mais uma pancada. Na descida de uma ladeira observei uma livraria e entrei para passar o tempo. Era muito grande, com cinco andares, sendo dois abaixo do nível da rua. Consegui me conter, especialmente porque a variedade de títulos era extraordinária, com assuntos diversos espalhados pelos diferentes pisos. O que achei mais fascinante, contudo, foram os dois andares inferiores, com os livros acomadados entre as colunas do ambiente abobadado. Assim que voltei, o quarto estava pronto. Sempre tem uma novidade. Quando estava pronto para transmitir as informações do diário para o provedor, não consegui conexão. A internet estava funcionando e eu imaginei dois motivos para o problema. Ou mudou alguma coisa na rede do hotel, o que eu achava pouco provável. Ou surgiu algum problema na Locaweb, que hospeda o site. A única solução que via era aguardar algum tempo e tentar novamente. Uma hora foi suficiente para voltar ao normal. Mas foi um susto.