30/mai/23Calendário 01/jun/23


Lisboa/ Roma - qua 31/mai/23 * 9,52 km * (39 fotos)Mais fotos:ÁlbumSlide showVídeos

Aproximação - LisboaAcordei às 3:30 h no horário de Portugal, depois de quatro horas de sono. Não dá tempo de dormir muito mais quando as primeiras três horas são dedicadas à refeição principal e a última hora e meia ao lanchinho da chegada. Quando abri os olhos estava passando sobre a ilha de Tenerife, toda iluminada durante a madrugada e a comissária aparecia com uma caixa com sanduíche de presunto. O capitão francês anunciou o início da descida para Lisboa e confirmou a temperatura de 15°C. A chegada era prevista para 5:00 h, porém o voo estava quinze minutos adiantado. Os berros da criança incomodada se transformaram em miados e gemidos repetidos com frequência e a intervalos regulares por toda a viagem. O berreiro aconteceu mais na decolagem e no pouso e o meu senso médico imaginou uma ligação com a mudança de pressão estourando os ouvidos. Foram poucos e curtos os momentos de turbulência durante a travessia do Oceano Atlântico, contudo a aproximação chacoalhou quase tanto quanto as pernas do vizinho. Aprendi que o Modo Avião precisa estar ativo somente durante os pousos e decolagens, porém o meu fica ligado o tempo todo. Este aeroporto nunca tem lugar para estacionar nas pontes rolantes. Mais uma vez é necessário ir de ônibus até o terminal. Como a conexão para Roma vai demorar muito, não há pressa para sair nesseImigração para o cidadão - Lisboa frio e, ao menos desta vez, espero que os comissários atrasem bastante a abertura das portas enquanto ouço o Fado que sai pelo sistema de som do avião. Surpresa! A saída foi por uma ponte rolante às 5:10 h, ao contrário do que havia sido anunciado. De qualquer modo, andei bem lentamente em direção à área de imigração. Diferentemente de outros ocasiões, quando as duas eram equivalentes, a fila dos estrangeiros estava enorme enquanto a da Comunidade não tinha ninguém. Foi nela que entrei, de posse do meu novo passaporte de cidadão. Pensava em passar direto pelo pórtico eletrônico, porém o caminho que segui me levou a um humano. Apenas mostrei o documento e fui autorizado a adentrar meu país. Entrei no corredor que leva à área de transferência de voo, porém o de Roma, que sairia em sete horas, nem sonhava em aparecer nos monitores. Cheguei na praça de alimentação pronto para aproveitar a excelente rede wifi do aeroporto. Foi uma enorme decepção. Apesar de a conexão ser ótima para todas as demais utilizações, não funcionou para a transmissão dos arquivos para o provedor. Isso já aconteceu em outras oportunidades e causa sempre um tremendo inconveniente. Não lembro de ter tido o problema em Lisboa, no entanto. Por algum motivo que deve estar ligado à seguranca, esse tipo de uso é vedado em algumas redes.Aeroporto - Lisboa Fiquei tentado a experimentar a rede da lanchonete famosa e aproveitar para gastar os primeiros euros. Como não tinha certeza se iria funcionar decidi aguardar e adiantar outras atividades eletrônicas. Descobri que a permissão de uso da rede do aeroporto é de apenas duas horas e meia e não sei se o uso pode ser repetido no mesmo dia. Talvez fosse melhor comprar o café da manhã de uma vez e afastar a incerteza. Nova frustração. Após colocar meu pedido, obtive a absurda resposta de que eles não possuem rede, apesar de ela ter sido detetada pelo celular. Pelo menos pude comer bastante porcaria cara, além de confirmar a senha do cartão VTM. Enquanto comia, percebi num monitor bem na minha frente a partida de um voo para Roma dentro de uma hora. Já havia cogitado da possibilidade de mudar para um horário antecipado, mas com a opção disponível na minha cara, fiquei tentado a arriscar. Porém achei que estava muito em cima e poderia ter problema de desencontro com a mochilona, apesar de chegar na Cidade Eterna bem mais cedo, evitando o prazo apertado para entrar no hotel. Resolvi seguir até o portão indicado de qualquer forma e verificar a possibilidade. A sala de espera determinada estava lotada e não percebia nenhum funcionário por perto. Tentei no portão vizinho e, nos modos rudes de alguns portugueses, Corredor da sala VIP - Lisboafui enviado novamente para o lado de onde vinha. Não satisfeito, aproveitei a troca na recepção anterior para falar com a nova funcionária, que informou que a troca seria possível com o pagamento de alguma diferença que ela não soube especificar, me dirigindo para o balcão de vendas de passagem. Entendi o fato como sinal para continuar com o plano original e me acomodei em uma poltrona do corredor. O ar-condicionado gelado me obrigou a procurar nova posição. O movimento do aeroporto de Lisboa é o oposto de Guarulhos, onde os poucos voos saiam lotados. Aqui são muitos e também lotados. Vai entender! Na nova localização a transferência funcionou perfeitamente e pude terminar a atualização do primeiro dia de viagem. Poderia ter economizado na lanchonete, mas tudo acontece por uma razão e estou sempre conformado. Agora é só aguardar mais cinco horas. Fiquei curioso com a disposição do segundo andar e subi para ver o que era. Tratava-se de um corredor circular acarpetado com algumas poltronas aparentemente mais confortáveis do que as do andar inferior, além da entrada para duas salas VIP. Aproveitando meu cartão de.embarque eletrônico que especifica que posso usar essas áreas, entrei na pequena fila dos que apresentavam a passagem para a recepcionista. O logo na entrada fala em clientes Gold, mas pus a coMar Tirreno - Romaragem na cara e me foi permitido o acesso. Fiquei surpreso com a quantidade de gente e, mais ainda, com as duas ilhas com vários tipos de alimentos preparados para o café da manhã. Desconfiado, peguei alguns itens e só me tranquilizei ao sair sem ser cobrado. Esta é uma vantagem que faz sentido. Uma hora antes do previsto para o surgimento do portão nos monitores os olhos começaram a ficar pesados, exigindo o complemento do curto sono do primeiro trecho. Não me esforcei em resistir. Depois de alguns cochilos restauradores surgiu o portão de embarque da saída marcada para 12:50 h. Dessa vez foi necessário pegar um ônibus até o Airbus A321 neo no estacionamento. Perguntei para o motorista se poderia entrar pela porta de trás, o que facilitaria o acesso à poltrona do fundo. Ele negou porque estavam carregando alimentos por lá. Quando atingi a metade do corretor notei que pessoas entravam por trás, o que causou um grande congestionamento. Obviamente a saída sofreria atraso em mais um voo lotado. A meia hora vai fazer falta na entrada do hotel que funciona, normalmente até as 18:00 h. Uma mensagem dos comissários, que não consegui entender nem em português e nem em inglês, pareceu indicar um problema com o acúmulo de tráfego aéreo. O voo tem duração de 2:45 h. Havia possibilidade de escolha de itens do cCaminho do trem - Romaarrinho a serem pagos por cartão de crédito. Acho que o único produto gratuito era a água. O sobrevoo da Espanha e do Mar Mediterrâneo mostrou como o céu estava quase todo encoberto. Para passar o tempo e esconder o desânimo fechem os olhos para novos cochilos. Ao acordar, a fila do único banheiro chegava quase à metade da cabine e não diminuiu até perto do pouso. Parece que quase todos os passageiros conheceram as instalações. Desta vez só consegui ver um pequeno pedaço da Sardenha, o resto estava todo nublado. O pouso ocorreu sob sol às 17:15 h, horário local, quatro horas na frente de São Paulo. A mochilona parece que foi atropelada por um caminhão. E já estava nas últimas. Vai ter que aguentar o Reino Unido também. O trajeto até o hotel seria uma combinação de trem, metrô e caminhada e imaginava que levaria 90 min para ser percorrido. O bilhete do trem que sai às 18:23 h e leva 32 min continua com o mesmo preço que paguei pelo menos cinco anos atrás. Mandei um Whatsapp para o hotel e pediram para mandar outro quando chegasse lá. Falei da preocupação de encontrar wifi e a resposta foi que seria simples encontrar um bar. O trem parou na estação central de Roma às 19:00 h e eu achei que trocar para o metrô seria mais uma confusão para economizar pouco chinelo. Decidi fazer o trajeto total a pé.