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Malmo/Helsinborg 15,09 km....O início do dia foi uma repetição do anterior. Voltei para dormir depois do café da manhã, só que desta vez acordei um pouco mais cedo. Fui para a estação pegar o trem para Helsinborg, a cidade ao norte que dá de cara com Helsingor na Dinamarca, do outro lado do estreito. Era a mesma linha de Lund, com a diferença de continuar mais quarenta minutos. Antes de comprar o bilhete, procurei a ligação para Estocolmo diversas vezes sem

encontrar. Fui até a bilheteria humana e descobri que as máquinas só vendem passagens regionais. As de longa distância deveriam ser adquiridas pela internet ou em uma loja de conveniência do terminal. Tive que pedir ajuda para um funcionário pois a palavra pronunciada pela vendedora, para os meus ouvidos, parecia diferente das identificações das portas. Entrei para perguntar e a caixa não tinha nenhuma informação. Foi então que percebi que seria melhor faz

er tudo por um terminal que havia sobre o balcão e que ela começou a manipular. Com o bilhete para Helsinborg na mão, entrei num vagão bastante confortável, mesmo na segunda classe. Havia percebido algo de diferente ao abordar e, após alguns minutos, um aviso anunciava que aquele trem exigia reserva de assento, que eu não tinha. Deu tempo de sair, porém tive que verificar os pertences para me certificar de que havia carregado tudo. Tenho tentado manter os i

tens importantes no mesmo lugar para evitar confusão, mas mesmo assim, ficava sempre na dúvida. A saída da estação ferroviária ficava ao lado do porto, bastante movimentado com as travessias frequentes para a Dinamarca, tanto de balsas para carros como de lanchas para os pedestres. Fiquei admirando as atrações do parque à beira-mar e cruzei a ponte Kvick para a Ilha mais externa junto ao estreito. Era possível ver Helsingor do outro lado, inclusive o Castel

o de Kronborg, onde estive recentemente. A forte ventania fez com que desistisse da coragem e desembrulhasse o casaco. Na volta para o centro, subi as escadarias para a principal atração da cidade, o que sobrou do castelo medieval. As muralhas já não existiam, somente as duas torres principais. No entanto, o torreão da residência real continuava de pé. Andei bastante pelos gramados e jardins, mas fiquei na dúvida se deveria pagar o caro ingresso da subida.

Finalmente decidi que seria a única oportunidade nesta vida e resolvi usar mais um pouco o cartão. A torre era uma das paradas do governo itinerante da Dinamarca e contava, originalmente, com quatro andares. O terceiro e quarto foram transformados em apenas um com pé direito duplo. No segundo andar ficavam os serviçais e incluía parte da cozinha. O terraço apresentava um panorama de 360° da cidade, inclusive do estreito, que era o foco principal da vigilânc

ia. Os castelos também eram usados como pedágios para as embarcações que navegavam ao longo da costa. Tentei procurar uma livraria, sem muita sorte, e passei por uma escultura muito impressionante, parodiando a adoração dos reis magos. O trem da volta estava bem cheio e entrou no terminal de Malmo. Fui na direção da centro visitando a Igreja de Santa Maria e admirando a fachada da Igreja Caroli. Após as compras no supermercado entrei no quarto às 18:30 h.