29/ago/25

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31/ago/25

A dificuldade de deixar o quarto já era esperada, no entanto, o concerto gratuito na Catedral às 10:30 h era um incentivo para levantar. Cheguei com vinte minutos de antecedência e os bancos da frente já estavam completos. Estava decidido a voltar para a cama se o evento estivesse muito concorrido, porém ele não atraiu tantas pessoas quanto eu previa. Algumas canções envolviam a participação do público. Deveriam ser músicas folclóricas de conhecimento geral. A ideia de continuar andando depois de uma hora relaxante quase foi substituída pela volta para o quarto quando senti alguns pingos. No entanto, no curto percurso o mormaço voltou e me encheu de coragem para conhecer um parque ao sul da cidade. Esta parte de Aarhus era banhada pelo mar e passei por várias praias de areia e de pedra. Após alguns quilômetros de percurso cheguei numa parte com uma passarela circular de madeira com um pedaço da curva sobre o mar. A partir deste ponto, a ciclovia e as trilhas passavam por dentro de uma floresta e logo reparei num movimento do outro lado da pista de carros. Em uma grande área delimitada por grade de galinheiro viviam alguns alces que afiavam suas galhadas contra troncos secos de árvore, no que imaginei fosse preparação para futuras disputas. Percebi mais à frente que era possível acessar o recinto atravessando um cercado de entrada dupla. A imponência dos animais era surpreendente. Quando cheguei na praia Moesgård, decidi retornar, reparando na concentração de nuvens escuras. O cachorro que ia com sua dona na minha dianteira quase teve uma síncope com o forte som dos trovões. Não demorou para sentir os pingos, que foram engrossando até formar uma garoa forte. A única proteção naquele local era a copa das árvores. A nuvem continuou no seu caminho e algum sol reapareceu. Antes de voltar para o hotel resolvi acrescentar outras atrações ao passeio. Passei pela universidade que ocupava um prédio de arquitetura moderna e atravessei uma ponte de madeira para entrar no Parque do Pier 2. Fiquei meio confuso com as explicações das placas, contudo parecia que a Ilha era de propriedade particular de uma comunidade preocupada com o futuro da humanidade. Pediam para respeitar a vegetação e os canteiros e vasos com produtos para alimentação. Um dos grandes atrativos turísticos da cidade também ficava na Ilha e se propunha a desenvolver um sistema comunitário. A construção em forma de domo era voltada para atividades sustentáveis e programas geridos pelo grupo. A área parecia meio pós-apocalíptica.