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Às 7:30 h já não aguentava mais ficar na cama e resolvi sair um pouco mais cedo para ver se conseguia testemunhar a partida da barca para a Ilha Providencia. Aparentemente estava tudo correto com a minha passagem mas, desconfiado que sou, eu só acredito depois que acontece. Tinha pouco menos de 15 minutos para ir até o terminal marítimo e temi que não fosse chegar em tempo. Contudo, a embarcação ainda estava lá e eu só fiquei na dúvida de qual das duas seria. Perguntei para um dos inúmeros desocupados que ficam rondando estes espaços e a resposta não me convenceu muito, apesar do nome da ilha estar escrito no casco. Aguardei mais 15 minutos e, como nada acontecia, acabei indo embora sem a confirmação visual. Talvez eles não sejam muito pontuais. Desde que encontrei os penhascos ontem já havia decidido o destino do dia. Iniciei a caminhada passando pelas praias do centro e saí da cidade pegando a rodovia que faz o contorno da ilha.

Foi um percurso dificil, provavelmente por eu continuar cansado do esforço do dia anterior. Foram treze quilômetros sob sol forte e andando pelas valetas inclinadas da beira da estrada. Levei quase três horas para completar a distância, carregado com 3,5 litros de água. Chegando nas pedras fui diretamente para o local que havia identificado e iniciei a acomodação. Não havia sombra para colocar as garrafas de água e o único lugar razoável que encontrei foi junto a umas pedras na descida para o mar. O local escolhido era o mais plano da área, porém logo reparei que isso não seria suficiente para ajudar no conforto. Deitar sobre a toalha apoiada nas pequenas irregularidades era bastante dolorido.Descobri que minha opção estava longe de ser adequada, mas consegui passar duas horas torrando. A ideia de descer as pedras para entrar nas águas do Mar do Caribe foi abandonada porque percebi que o terreno de lascas afiadas era muito traiçoei

Marcador na estrada do contorno - San Andrés

ro, mesmo com o desejo intenso de me refrescar. Às 13:30 h decidi retomar o caminho seguindo o circuito no sentido anti-horário, contrário ao de ontem. Uma consulta ao mapa eletrônico, no entanto, mostrou uma estrada vicinal que cruzava a ilha para a outra costa, num percurso de três quilômetros até a cidade de San Luis e que economizava metade do circuito. A pista fazia a travessia do Morro da Pimenta, chegando à altura de 50 metros, numa subida curta, mas que deu trabalho. Imaginei que pudesse continuar aproveitando o sol do outro lado porém, após andar pela areia até a extramidade oposta resolvi continuar para o hotel. Foi outra longa e penosa caminhada mas dessa vez com mais áreas de sombra. Esse trajeto me custou outras três horas, alongadas um pouco para visitar o supermercado mais próximo da pousada. Pela primeira vez consegui fazer todas as transmissões do quarto, levando em conta que a quantidade de imagens era bem menor.