Ainda não estava animado para visitar museus. Espero que isso não vá impedir novas oportunidades. Acordei com vontade de caminhar um pouco e, para resolver a viagem do próximo fim de semana para a primeira ilha, resolvi andar entre Atenas e o porto de Pireus para passar no escritório da empresa marítima e obter os bilhetes previamente comprados pela internet. Faz tempo que não enfrento os dez quilômetros até o mar é só lembro de ter feito isso uma vez há muito tempo. Já que a permanência em Atenas dessa vez é mais longa acho que dá para gastar um dia na aventura. Como costumo dormir antes das 22:00 h, 7:00 h da manhã é como um limite moral máximo para ficar na cama e uma hora é o tempo necessário para a preparação da saída, com verificação de e-mails e notícias e definição de rotas e atividades. Após deixar a parte nojenta do centro passei por diversas vias utilizadas pelos caminhoneiros para transportar mercadorias às várias ilhas. Inúmeras transportadoras espalhadas por galpões se especializam em mudanças para determinados conjuntos de ilhas e usam as instalações localizadas entre Atenas e Pireus. No porto não tive dificuldade em encontrar a empresa e como só havia um cliente na minha frente e várias funcionárias fui atendido imediatamente e saí com as passagens de ida e volta impressas. Os demais trajetos são da empresa específica do arquipélago para onde estou indo e só lá vou solicitar os papéis. Passei o resto da manhã sentado numa sombra sob agradável ventania até começarem a chegar pessoas para a próxima travessia. Deve ter atrasado porque muita gente ficou confusa e insegura. Às 13:00 h comecei a caminhar pelas ruas do balneário e peguei o trajeto de retorno para Atenas por uma larga e longa avenida. O sol de 39°C se alinhava exatamente com o eixo da via e não havia uma única sombra até perto do centro. Andei meia hora com a nuca e os ombros fervendo.