A barca para a última ilha da viagem só parte às 17:50 h e a permissão para uso do quarto vai até o meio-dia. Pensei em algumas atividades, como ir para a praia ou fazer uma visita final à capital, porém nada prevaleceu. A praia implica em necessidade de banho de chuveiro depois e a ida à Hora requer a subida cansativa da montanha. Existe ônibus que faz o pequeno trajeto, mas a ideia também não me atraía. Resolvi ficar no hotel até perto do limite e gastar o tempo restante num dos bancos do porto. Com a travessia de quase duas horas ia chegar em Pitagório já no finalzinho da tarde e achei melhor fazer uma reserva na pequena cidade por duas noites antes viajar de ônibus para a capital de Samos. O meu destino de hoje fica no fim da rota pinga-pinga por isso a barca já estava meio vazia. Além de mim poucas pessoas novas entraram e tinha muito espaço. Fui para o andar superior apreciar em meio à ventania a partida da travessia, que já estava com quarenta minutos de atraso. Foram duas horas de bastante turbulência e, pelos ruídos, a alemã do banco de trás não estava muito satisfeita. Cheguei no hotel Belvedere às 19:45 h, começando a escurecer. O Manollis estava esperando e me conduziu ao quarto rapidamente, sem querer receber. Escapei da geladeira minúscula de Patmos para ficar com uma igual em Samos. A de Pitagório pelo menos é por apenas dois dias, com chance de a da capital ser maior. A outra, no entanto, ficava no alto, enquanto a daqui está no chão. O importante, que é a internet, parece ter o mesmo padrão de excelência.