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| Aalborg / Aarhus - qui 28/ago/25 * 13,4 km * (68 fotos) | Mais fotos: | Álbum | Slide show | Vídeos |
A chuva de ontem serviu para limpar o céu, que hoje amanheceu com neblina e logo ficou ensolarado. Desci para o café às 8:00 h e saí uma hora e meia mais tarde para comprar a passagem para a última parada na Dinamarca. Resolvi arriscar e deixei a aquisição apenas para o horário da partida, já que a ligação entre as duas cidades era frequente, com intervalo médio de uma hora. O trem era curto, parava em um monte de cidades e o embarque em Aalborg estava bastante concorrido. Sentei numa poltrona que, aparentemente, não estava reservada, ao contrário das duas junto à janela. A viagem duraria apenas uma hora e a partir de uma cidade intermediária, parecia que a r
eserva dos meus vizinhos entraria em efeito. No entanto, os assentos estavam ocupados, até aquele momento Não dava para entender os sinais de reserva. Quando entrei ele mostrava as duas janelas ocupadas. Porém, na parada seguinte, os textos mudaram, e indicavam apenas possibilidade de reserva, pelo que eu podia entender do dinamarquês. Acho que a ideia era manter os passageiros que não haviam pagado a taxa extra em permanente tensão. Pessoas viajaram de pé no corredor. Gastei quinze minutos para ir pela rua principal do terminal até o hotel, que ficava na frente da Catedral. Como esperado não pude fazer o registro, que era anunciado pelo e-mail que recebi on
tem e pela reserva original em São Paulo, para apenas após as 15:00 h. Recebi um cartão preso a uma barra de ferro para abrir a porta da sala de bagagens. Acho que ninguém ia querer fugir com aquele trambolho e ficaria feliz em devolver na recepção. Estava com vontade de aguardar por três horas em meia nas confortáveis poltronas da entrada, porém achei melhor começar a visita antes do inicio da previsão de chuva. A primeira atração foi o templo vizinho, com vários painéis de madeira pendurados nas colunas. Fiquei interessado em galgar os 150 degraus da torre, única estrutura deste tipo em que havia visto a possibilidade de subida em toda a viagem. Contudo não
havia ninguém para vender o ingresso e um cartaz apresentava um número telefônico para contato com os funcionários. Até pensei em deixar o dinheiro sobre o balcão e passar pela porta. Só que não tinha moeda do pais, apenas o cartão de euros. Comecei a andar por um simpático canal que seguia até desaguar no fiorde. Na realidade se tratava do Rio Aarhus canalizado. Foi uma caminhada agradável, apesar da água meio nojenta. Cheguei ao porto e fiquei intrigado por um imponente edifício de vidro. Ele era acessado por enormes escadarias nas extremidades, que achei um pouco intimidadoras. Entrei por uma garagem hi-tech, onde as vagas ficavam no subterrâneo e os carr
os eram entregues e devolvidos em elevadores individualizados em baias. Finalmente resolvi encarar as escadas e ficou cada vez mais claro que estava entrando numa biblioteca. Totalmente diferente das bibliotecas que conhecia. Parecia mais uma livraria, com todas as estantes de apenas quatro prateleiras acessíveis pelo público. Havia bibliotecárias espalhadas por estações de trabalho no andar principal e tive impressão de que o empréstimo de livros era automatizado por máquinas. Chamou a atenção uma aula que estava sendo administrada no grande vão das escadas para o segundo andar, onde ficavam os livros infantis. Parecia que o tema era a elaboração de programa
s para automação de robôs e havia uma seção para experiências práticas. Estranhei que um espaço tão moderno não tivesse internet livre. A rede da instituição era reservada a quem tivesse registro, o mesmo do empréstimo de livros. No andar das crianças havia diversas bandejas com peças de Lego e, na parede, um quadro com os blocos formando bandeiras de vários países. Identifiquei a de Portugal, a da Argentina e as dos países nórdicos, mas não se via a brasileira. Na saída percebi que os robôs faziam parte do festival de tecnologia que estava começando. Ao som de música americana, os mecanismos dançavam, supostamente dirigidos pelos programas desenvolvidos pelo
s alunos. Quando cheguei no alojamento pouco depois das 15:00 h, já havia algumas pessoas na fila de registro. Paguei pelas cinco diárias e desci para pegar a mochilona na sala de bagagens. O quarto, como os demais desta rede, eram pequenos e com beliche. Apesar do tamanho, eram confortáveis e a cama de cima vinha com toalhas e edredon extras. Saí uma hora depois para andar mais um pouco e procurar um supermercado. Aqui as refeições matutinas não estavam incluídas no preço. Voltei ao terminal ferroviário para verificar novamente os horários e escolhi a loja de produtos alimentícios mais próxima do hotel dentre as diversas identificadas pelo mapa eletrônico.