Mais uma vez saí do apartamento às 7:30 h. A ideia original era cometer mais uma loucura, caminhando em torno de toda a baía de Split até a cidade de Trogir (leia troguír). Além da enorme distância o que me deixava mais receoso era o trajeto que, antes de seguir pelo litoral, atravessa uma extensa área industrial cortada por rodovias. Também não deixava de pensar no Castelo de Klis mesmo estando posicionado um pouco para o interior. O que me fez esquecer desta opção, contudo, foi a localização a mais de 300 metros de altura. Após uma hora andando pela zona suburbana cheguei no Parque Arqueológico de Salona, a capital da região da Dalmácia na época da Paz Romana do Imperador Augusto. Só tive noção da região e seus vestígios aproximando bastante o mapa eletrônico. Imaginei que fosse apenas uma área verde, porém várias estruturas da antiga cidade estão em exposição. Além das muralhas defensivas e dos portões monumentais fazem parte do acervo o teatro, um anfiteatro usado por gladiadores e estruturas da praça pública com calçamento original. Tive que passar por várias fábricas de cimento e instalações petroquímicas antes de voltar ao litoral. O trecho entre Split e Trogir era defendido dos turcos, a partir do século XIV, por uma série de fortificações em torno das quais se formaram vilas. Atualmente são sete castelos principais, referidos conjuntamente por Kaštela, um conglomerado contínuo de pequenas e pacatas cidades balneárias. Para prosseguir o itinerário foi necessário fazer um desvio para o interior passando pelo aeroporto. Alguns quilômetros à frente surgiu a bela cidade de Trogir, construída numa ilha e defendida por muralhas e uma fortaleza. A loucura do dia, na verdade, se resumiu a meia loucura. Ao verificar a distância entre os extremos da caminhada pretendida, decidi que apenas a ida poderia ser encarada a pé. O retorno foi em um dos frequentes ônibus que faz a ligação com o centro de Split com duração de 55 minutos.