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| Balatonalmádi - sáb 27/jul/24 * 28,06 km * (55 fotos) | Mais fotos: | Álbum | Slide show | Vídeos |
Deixei a pensão às 9:00 h, depois do desjejum razoável. Tinha a ideia de percorrer parte da borda do lago e uma ciclovia que se dirigia às cidades vizinhas provou ser a melhor rota. O menos que vi pelo caminho foi água. As áreas de camping e os clubes de praia deixavam pouca alternativa para acesso ao lago, em que muitos setores da margem eram cobertos por
vegetação inundável. A via ciclística seguia, na maior parte do tempo, entre a estrada, movimentada e barulhenta, e os trilhos utilizados pelos razoavelmente frequentes serviços ferroviários. A cada quinze ou vinte minutos passava um trem com seis vagões num dos sentidos. Passei por diversas pequenas vilas, todas com a praia gramada exclusiva dos pagantes.
O programa de seguir até uma cidade um pouco maior e a Península de Tihany, a única do lago e habitada desde o séc. XI, sofreu alteração por motivo de cansaço e falta de novidade. Observei a tenda do Circo Hungária na cidade de Alsóörs e lembrei da existência de um Tihany que foi comum por um tempo no Brasil. Se não me enganava, era esta a identificação do
circo brasileiro. Não posso afirmar o motivo do nome, mas a coincidência com o topônimo de uma localidade da Hungria era marcante. No trajeto encontrei um observatório de aves da zona alagável do corpo de água. Só dava para ver as fotos porque devia ser hora de elas dormirem. E ler as informações era impossível. Poucos locais possuiam algum texto traduzido
. E vinha ouvindo exclusivamente húngaro nas ruas, parques e no hotel. Nos inúmeros grupos que pedalavam durante todo o passeio que fiz hoje não se falava outra língua. Vez ou outra me pareceu identificar um pouco de italiano mas, provavelmente, era apenas fenômeno fonológico. Aparentemente, estrangeiros não vem para estes lados. Iniciei o retorno depois de
percorrer onze quilômetros, e pensei que faltava a mesma distância para a volta. O trajeto foi idêntico, apenas ao contrário, porém já havia esquecido de algumas vistas. De volta ao hotel fui me refrescar com um banho e, como ainda estava meio cedo, aproveitei para procurar um item que estava difícil de encontrar. Desde que joguei os frascos fora no aeropo
rto de São Paulo, tenho tentado comprar um hidratante, produto importante agora e que não foi usado nem uma vez na França. Após a primeira aquisição, verifiquei que se tratava de sabonete líquido, de difícil aplicação na pele seca depois do banho. Fiz a segunda compra, desta vez em embalagem de ainda maior capacidade e vi que era praticamente da mesma consi
stência. Hoje decidi passar em uma loja mais especializada de uma marca comum nas cidades alemãs e austríacas. Era focada nos setores de higiene e perfumaria mas, ainda assim, tive dificuldade em me decidir entre os vários fabricantes e fórmulas. Comecei a abrir as tampas para sentir a textura, e todos eram fluidos demais. Por fim encarei a última embalagem
de uma prateleira, que falava em manteiga de cacau. Não sei se era o que necessitava, porém era aplicável. Na volta para a pensão fiz um curso a jato de história da Hungria. Após passar pelo Parque Santo Estêvão, dei uma olhada mais cuidadosa no exterior do templo que ficava na rua de trás do alojamento. Os nomes em húngaro não representavam muita coisa e
tive que pedir auxílio para o Google quando estava no quarto. A tradução da denominação da Capela Jobb indicava que ela conservava como relíquia a mão direita mumificada de Santo Estêvão, primeiro rei do país a partir do ano 1000 e venerado em todos os lugares. A igreja ao lado, dedicada a Santo Emericus, se referia ao segundo rei, filho do anterior.