Chegou o dia de não fazer nada. Após observar pela varanda a bela lua cheia na noite de ontem tive uma noite de sono mais longa e saí do quarto apenas às 9:00 h. Não tinha coragem nem de pensar em caminhadas e só pretendia andar pelo litoral em torno do hotel para encontrar um local adequado, apesar de a região não poder ser considerada idílica. O horizonte continuava nublado mas o sol já havia ultrapassado a altura encoberta e brilhava com muita força. Também não havia quase nenhum vento. Fui para um lado, até a curva em ângulo reto na esquina da ilha e voltei passando pela pequena área balneária na frente do hotel, com algumas espreguiçadeiras e guarda-sóis, e continuei mais alguns metros até um cotovelo coberto de grama e mato. Desci a pequena altura e encontrei uma região plana, que me pareceu a mais adequada. Não era o paraíso mas tinha o que precisava, como isolamento, solo forrado de pedras, acesso fácil ao mar e ainda era extremamente perto da hospedagem. Perfeito para não fazer nenhum esforço. No meio da tarde o vento, ausente até o momento, aumentou bastante de intensidade e comecei a reparar nas nuvens se acumulando na direção do continente, do outro lado do estreito canal. Fiquei entretido em observar a concentração das formas ameaçadoras, tentando desvendar para onde se moviam. Não apresentavam motivo de preocupação imediata mas era bom ficar alerta para o caso de necessidade inesperada de fuga. Também nisso a localização foi feliz. Os barcos que iniciaram a visita à praia famosa pela manhã retornaram ao porto pouco depois da hora do almoço e alguns trabalharam em turno dobrado no passeio da tarde. Às 16:00 h iniciei o retorno sem ter sido incomodado pelo tempo ou outros contratempos.