Fiquei rolando na cama até 8:30 h, esperando o tempo aquecer um pouco. Só iria sair perto do horário de abertura dos museus às 10:00 h. A parte da manhã deveria continuar bastante nublada e com possibilidade razoável de chuva. Comecei a me preparar meia hora mais tarde, sem deixar muita opção para o frio. Como tinha algum tempo sobrando, decidi passar antes na estação ferroviária para comprar a passagem de amanhã para a nova sede. Justamente na volta para o centro estava sendo aberta a Casa Joana dArc. Fui o primeiro a entrar e único a assistir o filme em inglês. Não parecia muito visitado aos domingos. O ingresso de € 8,00 dá direito à entrada em quatro instituições culturais da cidade, mas velho paga a metade. Além da cicerone havia a funcionária na recepção e ambas deram informações em francês demais para minha compreensão. Parece que o filme, muito interessante, era a única atividade disponível. Falava das várias etapas da vida da heroína e sua relação com os poderosos. Não é à toa que ela tem importância em várias cidades. Em cada lugar ela esteve envolvida com um fato. Foi em Orléans que ela derrotou os ingleses. Esteve em Chinon para convencer Carlos VII de que era enviada pelos anjos. Em Poitiers foi investigada pelos teólogos que temiam que fosse herege. Em Tours recebeu a armadura do rei. Em Rouen foi julgada e queimada. Depois de 30 minutos saí para a grande praça à procura dos demais participantes do bilhete. Quando estava comprando a passagem no terminal de trem achei que fosse passar muito calor, porém o vento gelado na saída da sala mutimídia mostrou que, pelo contrário, eu precisava era de mais roupas. O Museu seguinte, de História e Arqueologia, estava instalado no belo Palacete Cabu. Após apresentar meu bilhete, subi direto para o segundo andar em cuja primeira sala eram expostos maquetes e acessórios da navegação no Rio Loire. Um fascinante vídeo tridimensional, assistido através de um óculos especial com fones de ouvido, contava a história da fabricação de vinagre na cidade, símbolo do comércio fluvial. Maravilhosa, também era a mostra galo-romana contígua, que expunha objetos encontrados em escavações. Outras salas apresentavam esculturas medievais e porcelanas. Era uma coleção na medida certa para entreter e educar sem cansar. Fiquei lá até meio-dia. Segui para o Museu de Belas Artes, que só abriria após as 13:00 h. Ali perto ficava o Palacete Groslot que abrigou a Prefeitura até 1981. Hoje é aberto à visitação e favorito para festas de casamento. À mostra estavam a grandiosa Sala de Honra, a Sala do Conselho Municipal, a Sala de Casamentos e o antigo gabinete do prefeito. Como ainda faltavam 15 minutos para a abertura do Museu seguinte, entrei pela primeira vez na Catedral da Santa Cruz. Tava tendo uma missa e o padre fazia um discurso interminável. A instituição vizinha, de Belas Artes ficava num prédio enorme e a coleção era gigantesca. Não tive muita paciência para verificar todas as salas e épocas já que estava mais interessado em visitar um parque na Ilha Carlos Magno, no meio do Rio Loire. Não pude deixar de passar pela livraria. E foi uma ótima decisão, caso contrário teria esquecido a mochilinha armazenada num dos armários antes de iniciar a visita. Felizmente os livros eram mais da área de artes. Fiz um desvio para conhecer a Igreja Joana dArc, uma construção moderna meio fora do centro. Acho que tudo o que leva o nome da Jovem tem poder de atrair visitantes. O templo, no entanto, estava fechado e sem visitas. O movimento era todo do passeio ciclístico de que participavam grandes grupos e famílias. Passei numa padaria para comer um quiche antes de voltar para o miolo da cidade e atravessar a Ponte George V, a substituta mais recente da original ponte medieval. O parque na Ilha Carlos Magno ficava maia distante do que imaginava. Era enorme e havia muita gente. Porém estive apenas na ponta mais próxima. Ele se prolonga por bastante terreno. Chegando lá apenas dei uma volta rápida, de 10 minutos, e voltei para o hotel de olho nas nuvens. Ameaçaram mas só descarregaram após as 18:00 h por curto espaço de tempo. A previsão promete coisa pior para amanhã. Foi muito bom fazer o passeio durante o dia todo e não precisar me preocupar com o nível da bateria. O carregador exerce sua função com muita eficiência.