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Paris - qua 26/jun/24 * 18,49 km * (90 fotos)Mais fotos:ÁlbumSlide showVídeos

Observatório da Paris - ParisHavia decidido passar estes últimos dias em Paris para fazer viagens curtas de trem para cidades próximas. Mudei de ideia, contudo, e agora pretendia passar o resto das férias europeias andando pela Cidade Luz. Nas caminhadas aprendi que o Observatório de Paris foi construído no reinado de Luís XIV e não usava nem ferro, para não incomodar as bússolas, nem madeira, para prevenir incêndios. Ao lado do amplo jardim que fazia a ligação cJardim dos Grandes Exploradores - Parisom o Palácio de Luxembrurgo ficava o edifício, com arquitetura de inspiração árabe, que abrigava o Instituto de Artes e Arqueologia. Os gramados em tempos de calor viravam locais favoritos para piqueniques e banhos de sol. Com o assassinato em 1610 de Henrique IV, sua esposa, Maria de Medici, decidiu construir uma residência para relembrar sua infância em Florença. O arquiteto, apesar de ter ordens de emular o Palácio Pitti, escolheu Jardins do Palácio de Luxemburgo - Pariso estilo francês. A área imensa foi comprada de François de Luxemburg e sofreu acréscimos e limitações ao longo das decadas. Em 1630 ela foi enviada por seu filho Luís XIII, influenciado por Richelieu, para o exílio na Alemanha, onde morreu. Dessa vez permaneci bem mais tempo andando pelas alamedas cercadas de pavilhões, esculturas e até uma escola de apicultura, na companhia de Baudelaire, Verlaine, Chopin, Beethoven, além dos deuseOrangerie du Sénat - Pariss gregos e outros menos famosos. E muita gente viva. Talvez para evitar a infração comum de entrar nos gramados, uma quantidade absurda de cadeiras verdes estava distribuída por todos os espaços e eram ocupadas tanto na sombra, quanto sob o sol. Achei impressionante o trabalho dos jardineiros, inspecionando folha por folha um arbusto. Uma exposição gratuita na Orangerie comemorava os 160 anos do primeiro Salão de Belas Artes de 1864, Jardins de Luxemburgo - Parisde que participaram Manet e Doré. Também chamava a atenção a quantidade de pintores amadores, com suas telas, aquarelas e pincéis, espalhados pelos jardins e sentados nas cadeiras colocadas à disposição para reviver a tradição dos anos áureos. A série com 20 esculturas de mulheres famosas na história francesa, realizada nos anos 1840, adornava a volta do espelho de água central, usado por modelos navais. Todas devidamente ataviadas coIgreja Saint-Germain des Prés - Parism para-raios na cabeça. Não encontrei a Elenora nem a Catarina, com certeza, lapsos meus. Acho que lembro de ter visto no passado barcos controlados por comando remoto, porém os de hoje eram apenas empurrados por crianças através de varas de madeira. Outra atividade bastante cultivada era a de movimentos lentos de origem chinesa, com direito a aulas de relaxamento e dança de leques. Após duas horas e meia de passeio pelo parque atraveProfundidade incrível - Parisssei os portões para a visita de outros recantos. Entrei na livraria especializada do Museu da Idade Média, que pretendia visitar nos próximos dias. Acho que não iria conseguir resistir à variedade de títulos sobre minha época favorita da história. Depois de passar por uma rua estreita, local de nascimento da atriz Sarah Bernhard e também escolha para construção do Colégio de Cirurgiões com uma sala de anatomia, após autorização de LuPalácio da Legião de Honra - Parisís XIV por causa de um procedimento bem sucedido sofrido por ele, entrei na Igreja Saint-Germain des Prés, com o teto todo estrelado. Me deixaram muito na dúvida algumas pinturas, que não consegui identificar se tinham profundidade impressionante ou eram esculturas em nichos. Não havia placas informativas para esclarecer a questão. Pretendia continuar até o fim do Bulevar Saint-Germain, perto do Hôtel des Invalides e, então, atravessaMuseu de Orsay - Parisr o rio pela bela Ponte Alexandre III. Perto do final do destino fiz um desvio para passar pela Praça do Museu de Orsay, vizinho ao Palácio da Legião Estrangeira. Cruzei o Rio Sena algumas vezes, especialmente para admirar a imponente ponte, escondida por tapumes como tantos locais que se preparavam para o grande evento e que ligava a região dos Invalides com o Grand Palais. A construção enorme foi resultado de um concurso para aparelPonte Alexandre III - Parishar a cidade de motivos inesquecíveis para a Exposição Universal de 1900. Além dele e da ponte, o Petit Palais, em frente e a avenida que os separava, também faziam parte dos planos para a grande feira que, tal como agora, 130 anos mais tarde, não pareciam ter possibilidade de ficarem prontos antes do início da festa. O Grand Palais era um dos maiores locais reservados para os Jogos e estava fechado. Seu vizinho menor, no entanto, queSaguão do Petit Palais - Paris abrigava exposições gratuitas, funcionava. A construção tem uma beleza arquitetônica inexpressável e o jardim interno era pequeno, mas maravilhoso. Com todo o tempo usado nas lentas visitas do dia, não sobrava muita oportunidade para novos passeios e tive que apressar a volta para não chegar no hotel fora do meu horário habitual. Neste ritmo iria precisar de mais um mês para começar a arranhar a superfície das possibilidades de Paris.