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Copenhague 18,91 km....Já estava ficando normal levantar apenas às 11:30 h. A visão do quarto mostrava um céu bastante encoberto e a temperatura estava parecida com a de ontem. Teria que carregar o casaco. Pretendia fazer uma viagem de trem para o norte, porém saindo tarde do hotel, não sobraria muito tempo para aproveitar. Decidi andar mais um pouco pela capital mesmo. Após passar pela estação de trem para conferir alguns destinos, entrei na parte central da cidade e uma torre cilíndrica chamou a atenção. Era a Igreja da Trindade, edificação barroca com decoração primorosa, especialmente os entalhes na madeira e detalhes dourados do te
to, do púlpito e do relógio. A Torre ao lado relatava o desaparecimento de nove das pedras de runas, queimadas no incêndio de 1728. Na metade do séc. XVII, o rei Frederico III ordenou que doze dessas pedras fossem coletadas em toda a Dinamarca e armazenadas na Torre Redonda para preservar a história do país. As sobreviventes estavam expostas no Museu Nacional e as perdidas foram reinterpretadas por artistas contemporâneos e compunham a exposição dois andares abaixo do terraço de observação. A luz vermelha indicava a necessidade de aguardar para subir a estreita escada até o topo. Não achei que os panoramas valessem o esforço, porém, aind
a assim, eram belas as vistas. Imaginei que a cidade tivesse mais torres. As paisagens da subida pela rampa para cavalos eram melhores. Depois de um longo intervalo na ótima livraria da esquina, segui para o Castelo Rosenborg. O imenso jardim era um local favorito dos habitantes da cidade para tomar sol ou desfrutar de um piquenique. Disto eu lembrava da viagem de 2008. A placa na entrada do castelo informava que estaria aberto até 17:00 h. Apesar de considerar duas horas insuficientes para visitar com calma as instalações e ler as explicações, decidi que seria a oportunidade. Ao fazer toda a volta para encontrar a entrada, fui confronta
do por um cartaz com a notícia de que os ingressos estavam esgotados, além de apresentar um código QR para adquirir o bilhete para o dia seguinte. Independente do que resolvesse fazer amanhã, não pretendia ficar obrigado com o passeio. Com esta parte do roteiro incompleta, voltei para o porto novo para atravessar o canal principal por uma ponte móvel que permitia a passagem dos barcos. A quantidade de pessoas aguardando a abertura do sinal foi aumentando, assim como o dos ciclistas do outro lado. Com a liberação da passagem, foi difícil caminhar na fila indiana. Logo na margem oposta havia uma grande praça de alimentação, também bastante
concorrida. Eu continuei a andar na direção do Teatro de Ópera e adiante por uma região que parecia irreal. Uma cicatriz rural limitada por dois canais circundava parte do centro. As defesas do séc. XVII foram preservadas e compunham uma faixa de floresta em que só era permitido o tráfego de bicicletas e pedestres. Algumas casas de pedra ou alvenaria, trailers estacionados e cabanas de madeira ladeavam a trilha. Acredito que muitas dessas habitações fossem ateliês artísticos. Algumas eram bem decrépitas. No final da trilha começava o calçadão à beira do largo canal e as pessoas tomavam conta dos gramados e piscinas, bebendo e comendo.