A previsão garante que, apesar do céu totalmente nublado, não há chance de chuva. Verificando as redondezas no mapa ontem à noite, percebi que há um grande supermercado a poucos metros do hotel. Ao sair às 8:00 h fui averiguar. Realmente era enorme. Talvez grande demais para mim. As vendas eram em quantidade e os produtos que me interessam não estavam disponíveis. Poderia ter feito um percurso mais direto para o centro, porém havia decidido por uma viagem de trem amanhã e achei melhor providenciar as passagens logo. Como das vezes anteriores, conseguia executar todos os procedimentos na máquina automática mas o pagamento com o VTM era sempre recusado. Entrei na fila da bilheteria que havia acabado de abrir e pude usar tanto o cartão de débito quanto o desconto do cartão de idoso. Nunca é bom confiar no que os outros fazem. Quando o erro é próprio não dá para reclamar mas, se a vendedora emite a passagem para o dia trocado e o engano é percebido em tempo, precisava fazer a correção. Com tudo em ordem me preparei para iniciar a visita do centro. Não estou mais em Finistère, o departamento agora é Morbihan, ainda na Bretanha. Vannes é outra cidade de passado medieval, com o que sobrou das muralhas, torres e portas à disposição dos turistas. As cidades francesas tem suas Casas Pernambucanas. É só localizar o Monoprix para saber onde fica o centro. Iniciei o passeio pela frente do belo edifício da Prefeitura, ao lado da Capela Saint-Yves e em frente à praça centrada na estátua equestre de um Duque da Bretanha. Quase ao lado surge a grande Catedral de São Pedro, com origem no séc. X. Os jardins da cidade são muito bem cuidados, especialmente os que ocupam as margens do córrego Marle, à sombra da muralha. Atravessei algumas portas no muro, visitei o mercado e conheci as construções medievais de vários edifícios bem conservados, dentro e fora das muralhas. Vannes não é uma cidade litorânea, mas o mar fica perto. Um canal se estende desse a Praça de São Vicente por dois quilômetros até desaguar no Golfo de Morbihan, em que ficam várias ilhas para as quais passeios marítimos são organizados. Há também, aos moldes de lOrient, uma barca pertencente ao sistema de transporte urbano que faz a ligação de meia hora com a Ilha de Arz, a mais visitada. Seria um passeio interessante para um dia inteiro, porém a meteorologia não está muito apropriada. O sol apareceu forte depois do almoço e pude me livrar de uma camada de roupas. Parece que amanhã o tempo continua bom mas, no dia seguinte, que poderia ser dedicado à excursão, a ameaça não aconselha grandes deslocamentos, especialmente por mar, sem a proteção de abrigos. Esqueci novamente o carregador e, se a visita tivesse se prolongado além das 15:00 h, começaria a fazer falta. Descobri alguns caminhos ao longo da estrada que evitam andar diretamente ao lado dos carros, porém são estreitas veredas com mato pisado e nada mais.