Aproveitei o céu nublado para sair um pouco mais tarde. Não tinha um plano totalmente definido para o dia, apenas uma tentativa de esboço. Para começar fui ao centro, por onde teria que passar de qualquer forma. Na sequência entrei numa estrada chata, bem reta, paralela à pista do aeroporto. Além da cadeia de imponentes montanhas para lá do terminal aeroviário e dos buracos no pavimento não havia nada para ver. A rodovia termina no mar do Golfo de Laganas (leia laganás), a área preservada em que vivem as tartarugas. A visita ficou um pouco mais interessante quando cheguei no litoral. A faixa de areia de enorme extensão se divide entre os balneários de Kalamaki e Laganas, com uma indústria turística extremamente desenvolvida e voltada especialmente, mas não apenas, para os habitantes do Reino Unido. Na extremidade da praia fica a marina, de onde partem diversos barcos de excursão para observar a vida marinha. Os ônibus carregados de interessados trafegam ininterruptamente pelas vias estreitas para largar os passageiros na área de embarque de naves de todos os tipos, grandes e pequenas, convencionais ou com fundo de vidro. Quando um barco está adernando perigosamente para um bordo é possível ter certeza de que fauna aquática foi avistada. O ambiente é muito bonito apesar das praias estreitas, lotadas e sem graça. Fiz o possível para me manter longe da areia só me aproximando do mar em áreas com vista mais geral. Na volta peguei a estrada que passa pelo outro lado do aeroporto para não repetir o caminho. O tédio foi o mesmo. Na hora de retornar uma tempestade ameaçou se formar, escurecendo uma parte do céu e fazendo bastante barulho. Porém ela não teve força para se manter e logo desapareceu, com o sol voltando a prevalecer.