Psili Ammos, Patmos - seg 26/ago/19 * 16,7 km * (44 fotos)

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Mais uma vez saí antes da refeição matinal, agora para conhecer a praia mais famosa de Patmos. Apenas pelo nome, Psili Ammos (leia psilí ámos - areia fina) já dava para prever que iria até lá somente para observar. A distância, como todas na ilha, não é demasiada, e pretendia passar o resto do dia numa praia mais ao meu gosto, com solo forrado de pedras, como algumas naquela mesma região. Após contornar o golfo de Skala entrei no balneário de Grikos e segui pela praia até o começo de uma rota de terra que faz a ligação com Diakofti (leia

diacófiti). Apenas a praia e um estaleiro compõem o ambiente, contudo o balneário é passagem obrigatória para atravessar esse pescoço da ilha até o litoral do outro lado, a menos de 500 metros. Até ali os carros podem ir e a continuação é somente a pé. Encontrei um casal de italianos pilotando uma Vespa que estava voltando e me perguntou se havia alguma outra forma de chegar à praia. Disseram que havia uma porteira que não permitia a travessia. Aparentemente se tratava de marinheiros de primeira viagem, não acostumados à aventuras rústi

cas na Grécia. Ao chegar ao portão percebi também que são afobados. A placa, que não devem ter lido na primeira tentativa, explica que a passagem é livre. De qualquer forma não se sentiam seguros para desbravar o caminho e solicitaram que eu fosse na frente, com a desculpa de que ando mais rápido. A trilha de meia hora não apresenta dificuldade além do normal, com as pedras soltas e subidas e descidas, mas a encosta que fica nos fundos da praia tem altura bastante razoável. Ao chegar ao plano passei pelo barulhento compressor que fornece

energia ao bar. Achei que o ruído fosse atrapalhar, porém o som das ondas é muito mais forte e a máquina está bem no fundo, longe do mar. A praia é realmente muito bonita e até dava vontade de estender a toalha ali mesmo. Todavia apenas uma montanha e meia hora me separavam de praias mais ao meu agrado. Além dos funcionários do bar, dos dois forasteiros e de três ou quatro barracas de acampamento aparentemente vazias, o local não atraiu mais nenhum aventureiro pelos 60 minutos que estive lá, me dedicando a olhar a paisagem. Às 10:30 h i

niciei o retorno passando por muitos grupos de banhistas em vários estágios da trilha. Também tive que dar preferência à descida dos dois jumentos e seu guia, que são a veia de abastecimento das necessidades do lugar. Uma placa ao lado da lata de lixo pede para que não sejam descartados objetos pesados para não sobrecarregar os animais. Parei numa praia em Petra, de frente para a bela ilha Tragonissi. A área leva esse nome em razão da enorme rocha que serve de divisor entre duas praias e foi residência atestada através de vestígios arque

ológicos por diversos eremitas ao longo do tempo. Parece que os italianos estão em maioria deste lado de Patmos. Além dos vários que iam para a praia paradisíaca, a língua mais ouvida era a de Dante, tanto nos barcos que cruzam a baía como dentro da água, na borda ou sob a sombra das árvores. O tédio começou a me pressionar perto das 14:00 h e eu resolvi enfrentar os quilómetros que faltavam até o hotel pela rota litorânea, mais uma vez. A estrada que passa pela capital Hora talvez economize alguns metros, porém o desnível é desanimador.