Sem precisar me apressar com medo do clima, saí do quarto, sob forte sol e céu completamente limpo, às 9:30 h para completar a última caminhada de um quilômetro e meio em La Rochelle. A partida do trem estava marcada para as 10:49 h e teria muito tempo para andar com tranquilidade. Com bastante antecedência pude percorrer um caminho relativamente novo e observar mais algumas atrações. Era impressionante como formavam novos franceses através das inúmeras excursões escolares. Pessoas que mal começaram a andar, carregadas de mochilas e bonés, direcionadas pelos monitores. Recebi uma mensagem da SNCF avisando que o bar estaria indisponível para a viagem de três horas até Paris. O maquinista saiu no horário, como seria esperado, e o movimento não estava muito grande. Meu conjunto de quatro poltronas ficou só para mim. No entanto, apesar dos lugares vagos, alguns passageiros que viajavam sozinhos foram presenteados com um vizinho. Parece que o sistema de alocação de assentos da companhia não era muito esperto. Na segunda parada os três espaços junto a mim foram tomados. Quem sabe o algoritmo fosse mais sabido do que eu e planejasse visando o futuro. Pelo menos não precisaria mais me estressar, uma vez que as poltronas já estavam ocupadas. O estresse veio em Paris. O registro no hotel após a caminhada de 1.000 metros ocorreu normalmente e subi para o quarto, desta vez com vista interna. A internet funcionava bem para tudo menos a conexão com o provedor. Nesta oportunidade, contudo, era possível conectar em raras ocasiões. Iria precisar de muita paciência. Saí às 15:00 h para aproveitar o resto da tarde. Inicialmente voltei à estação de trem para confirmar que a rede deles continuava operacional. A ideia a seguir era caminhar pelo Campo de Marte até a Torre Eiffel para ver os preparativos. Não deu para ver nada. Tudo escondido por tapumes. Não dava impressão de que as coisas estariam prontas em um mês. Depois de algumas voltas encontrei uma entrada gratuita para visita dos jardins do térreo, com revista reforçada nos detetores. Ao sair do ambiente seguro imaginava atravessar a ponte sobre o Rio Sena até o Trocadero, mas as arquibancadas montadas na praça indicavam que o local estava muito atravancado. Resolvi voltar para o hotel passando pelos fundos do Palácio Invalides. Não tive problema para enviar os arquivos. Até que foi bem tranquilo em face do que estava imaginando. Acho que o recepcionista pediu para alguém consertar a televisão. Quando saí falei que ela estava ligando sozinha, o mesmo problema do início da viagem, já que reservei o mesmo hotel tanto na primeira como na última parada. Ao retornar ele não falou nada, contudo, notei que o controle estava em outra posição.