24/jul/22

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26/jul/22

Desci às 7:00 h para deixar a chave na recepção, que ainda estava fechada. Não havia onde colocar o cartão e decidi voltar ao quarto e largá-lo sobre a mesa. A previsão estimava garoa pouco antes da hora do almoço e essa foi uma das razões de ter saído tão cedo. Inicialmente havia cogitado, se o tempo estivesse realmente ruim, de pegar o ônibus urbano que passa perto do hotel e da estação. Porém, com um início de manhã ainda claro, achei que poderia enfrentar a caminhada. As nuvens que se acumulavam ameaçadoramente no horizonte, logo avançaram para o centro do céu mas cheguei seco no terminal após os 40 min de praxe. Me ajeitei num banco para começar a transferência e a desilusão foi grande quando o computador não encontrou nenhuma rede. Foi um breve soluço e logo estava conectado realizando as tarefas. A partida estava marcada para as 11:30 h e a distância deveria ser percorrida em pouco menos de uma hora. Na sala de espera reservada aos viajantes com passagem encontrei uma tomada ao lado das cadeiras duras e desconfortáveis que foi muito útil enquanto eu cochilava. Percebi um inconveniente inesperado quando me aproximava da estação de Vannes, a nova base por quatro noites. Pensando no trajeto para a hospedagem reparei que sob o título Informação Importante era especificado que a recepção fica fechada entre 11:00 h e 17:00 h. Como cheguei às 12:30 h e a caminhada deveria levar menos de uma hora, teria que descobrir o que fazer com a diferença de quatro horas. Se tivesse prestado atenção neste detalhe poderia ter marcado a viagem para mais cedo. O problema era a bagagem. Ou teria que esperar do lado dela no terminal ou poderia arriscar e aparecer antes do horário determinado. Era uma dúvida cruel e o que decidiu por mim foi o vento gelado que soprava pelas portas abertas da ferroviária. Talvez fosse melhor aguardar na porta da recepção. Quem sabe teria alguém para me atender? Não tinha. Só abre mesmo às 17:00 h. O acesso foi simples porém a localização não é a mais ideal. Fica afastado da cidade e tem que andar pela estrada sem acostamento. No entanto, os motoristas são cuidadosos e matêm grande distância. Decididamente, é um motel para motorizados. Tinha esperança de que alguém me visse pelas câmeras de vigilância e abrisse a porta para eu, pelo menos, ter onde sentar. No estacionamento só tem o chão. Enquanto esperava o lento ponteiro, pude acessar a rede gratuita e sem senha do hotel. Parece que posso fazer as transmissões que não funcionavam em Quimper e entrar no banco, duas atividades essenciais. Depois de meia hora aguardando, tive que sentar no chão mesmo. No capacho de boas-vindas. E até tirei o casaco. Enquanto eu estava esperando eles perderam dois clientes. Uma hora antes do prazo chegaram duas pessoas, talvez funcionários, que me deixaram entrar para esperar sentado. Acho que o capacho era mais confortável do que os bancos de madeira ao estilo de bar. A vantagem do interior é que não ventava. O recepcionista foi pontual e aceitou o cartão VTM. O quarto é espaçoso mas só tem duas tomadas longe da cama. Tive que improvisar uma mesa usando a cadeira que ocupou quase todo o espaço entre a cama e a parede. Precisava me espremer toda vez que queria acessar a área do banheiro, que fica atrás da cama, separada por uma cortina. Mais para trás, ao lado da porta de entrada, fica um quartinho privado com a privada.