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| Pollonia, Milos - sáb 25/ago/18 * 27,93 km * (94 fotos) | Mais fotos: | Álbum | Slide show | Vídeos |
De acordo com as instruções recebidas na mensagem de ontem à noite fechei a bagagem e atravessei a rua, carregado inclusive com o garrafão de água de 10 litros que havia comprado, para largar tudo na recepção deserta do novo hotel. Fiquei na dúvida sobre o que fazer com a chave antiga e
acabei levando junto. Às 8:15 dei início à mais uma caminhada, trocando o lado da ilha. O destino final era a cidade de Pollonia (leia polónia) e imaginava passar por diversos balneários no trajeto. Depois da subida inicial para sair da cidade principal a rodovia asfaltada, larga e com p
ouco trânsito, segue pela cresta dos morros que separam as água da baía de Milos e o imponente Monte do Profeta Elias do mar aberto do litoral norte. Havia indicação de um percurso mais costeiro, representado com linha tracejada, porém decidi ir até o final pela via pavimentada e tentar
o retorno com visão mais próxima da costa. As paisagens proporcionadas no percurso de ida colocavam em dúvida minha resolução de voltar por trilhas mostrando o mar. Como não pretendia estacionar em nenhum ponto a vista ampla e desimpedida de cima e de longe era suficiente. Passei por lug
ares belíssimos e de nomes bastante esquisitos como os penhascos esburacados e invadidos pelas águas verdes em Papafragas (leia papáfragas) e Pachaina (leia párrena) ou o pedaço de paraíso com lajes de pedra espalhadas pela borda do mar no Cabo Pelekouda (leia pelecúda). Foi muito difíci
l abandonar aquele local e não conseguia desviar o olhar do contorno dos penhascos. Numa consulta ao mapa eletrônico percebi que poderia aproveitar para conhecer outras enseadas daquela ponta separada por um estreito canal da ilha de Kimolos, fazendo um circuito e evitando repetir a rota
inicial. O passado geológico vulcânico de Milos justifica a existência de depósitos minerais no subsolo e a importância da extração para a economia da ilha. A estrada que peguei para retornar era de uso público porém a grande maioria dos usuários eram os motoristas de grandes caminhões
transportando o material retirado das montanhas e levando para a usina de tratamento. O solo pavimentado, a grande largura de quase todo o percurso e o baixo movimento de veículos não facilitaram a subida constante e, por vezes, íngreme. No início era possível ver alguma coisa no litoral
mas logo as curvas forçaram a rota para o interior. Levei três horas e meia, num passo desapressado, para completar a volta até o hotel. Achava que não ia adiantar chegar muito cedo porque o horário dos funcionários parece ser tardio. Contudo ao entrar na recepção reparei que minhas coi
sas não estavam mais lá e havia uma chave com o meu nome sobre o balcão. Pude me instalar no grande e confortável quarto e, mesmo já sabendo o resultado, não deu para deixar de testar a internet. Fiquei satisfeito com o tamanho avantajado da geladeira e saí para fazer o abastecimento.