23/mai/25

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25/mai/25

Consegui sair do quarto às 9:45 h, em mais uma manhã preguiçosa. Desisti da ideia de visitar alguma cidade nas redondezas e decidi passar outro dia andando por Roma e, talvez, descobrir outros cantos. Andando para o lado da Estação Termini encontrei a Praça Vittorio Emanuele, com suas calcadas protegidas por arcadas e com o Jardim Nicola Calipari no centro. Todos os dias tenho passado por tocos de árvores cortadas pouco acima do solo. No centro de alguns as pessoas cultivam plantas. Aqui eles têm a noção estúpida de previnir antes que elas caiam. Segui a linha do bonde que passa ao lado da praça até a Porta Maggiore, uma das grandes entradas da Roma de outrora e um importante centro de transporte público na atualidade. Continuei até a Basílica Santa Cruz em Jerusalém, onde estava sendo celebrado um casamento. Após atravessar o parque dos cachorros, cheguei na Basílica de São João Laterano, protegida por mais uma tenda com máquinas de raio-x. Percebi que os religiosos paramentados com coletes de voluntários que guardavam a porta da Basílica São Paulo extra muro ontem estavam lá em razão da abertura daquela Porta Santa para o Jubileu de 2025. Hoje foi a mesma coisa e deve acontecer nas quatro Basílicas principais. A nave era cercada por grandes estátuas dos doze apóstolos e o teto era forrado pelos cofres dourados comuns em outras igrejas de importância. Na saída passei pela fachada da Santa Escada, trazida do Palácio de Poncio Pilatos em Jerusalém e segui para o Batistério de São João, recoberto por afrescos. Caminhei em direção ao Coliseu, perto do qual ficava o Parque Villa Celimontana, uma área verde muito agradável e bastante movimentada pela quantidade de crianças e estudantes. Com alamedas melecadas pelas recentes chuvas. Às 15:30 h, quando as nuvens escuras e os trovões começaram a se aproximar, apressei o passo para tentar chegar seco no hotel. Passei novamente pelo Coliseu e reparei que os gladiadores para tirar retratos desapareceram. Não deve ser providência do poder público porque muitos outros espertos continuam atuando. Já havia reparado ontem que deve ter havido algum evento com desfile porque as arquibancadas de metal estavam sendo desmontadas na avenida que ladeia o Foro Imperial. O inconveniente era que o espaço para pedestres ficou bem reduzido e era preciso andar em fila indiana. Tão logo apareceu uma rua desviando para o lado que eu ia, saí do congestionamento. Cheguei seco, mas sob pingos. O temor foi injustificado, já que as nuvens cinzas compartilhavam o céu com áreas azuis e haviam se dispersado. Também estava com receio de usar as filas de auto-atendimento do supermercado, mas hoje não havia humanos atendendo. Sábado deve ser dia de folga geral porque, quando entrei no quarto, a cama continuava desfeita, como deixei pela manhã. Hoje não perdi muitas linhas significativas. Iniciei um novo sistema pelo qual gravo os arquivos periodicamente em uma pasta adicional de socorro. Ainda assim o programa sobrepôs texto que não devia e a digitação ficou bem mais complicada, me fazendo verificar a integridade dos conteúdos a toda hora.