23/jun/25

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25/jun/25

Pensei em dispensar o café da manhã para ficar um pouco mais na cama antes da partida, porém a fome começou a bater e achei melhor encher o estômago. Deu para ver um refeitório mais movimentado. A viagem para o balneário de Cala Gonone estava marcada para as 10:15 h e deveria durar pouco mais de uma hora. Levei vinte minutos para percorrer o quilômetro e meio, cheio de ladeiras e escadarias até o terminal de ônibus. No embarque não faltaram os adolescentes inconvenientes. O condutor se irritou e estacionou no meio da estrada para ordenar que a música vinda do fundo fosse interrompida. Faltou reclamar com as quatro meninas na minha frente, com seu comportamento expansivo. Amigos do grupo iam se juntando no percurso e, depois de muita gritaria e um cigarro eletrônico na janela atravessando o corredor, o motorista parou num ponto no meio da rua que era a estação rodoviária do local. Os bagunceiros desceram logo e novos viajantes começaram a subir. A demora na partida indicava que aquela era a parada final, o que coincidia com a indicação do mapa. No entanto, fiquei na dúvida porque o casal de escandinavos que entrou no terminal comigo não se moveu. Convencido, toquei a campainha, mas o condutor nem se mexeu. Fui até a frente para pedir a abertura da porta e desci. Pouco depois, ao olhar para trás, os meus companheiros também saíram. O hotel ficava a poucos metros e, quando entrei, o café da manhã ainda estava à disposição. Escolhi a diária sem o serviço, que era opcional. A recepcionista não me deixou entrar, dizendo que o horário era 15:00 h, como já sabia. No máximo poderia entrar meia hora antes. Fiz o registro, paguei, coloquei os itens essenciais no saco diário, encostei as mochilas num canto e saí. O motivo de ter escolhido a cidade era o acesso marítimo a muitas praias, impossíveis de alcançar por terra, a menos de através de caminhadas muito além do meu nível. Havia mais de uma dezena de quiosques comercializando os mesmos passeios. E o preço era tabelado. Fiz algumas perguntas e deixei a participação em aberto para decidir amanhã. Comecei a andar ao longo das praias e calçadões agradáveis, às vezes dividindo a rota com os carros. Deu para avançar uns dois quilômetros, quando voltei para tentar a outra ponta. Desta vez só havia pedras e uma calçada de cimento em alguns pontos facilitava o percurso. Grandes trechos estavam arrebentados. No horário determinado recebi o cartão-chave e subi para me instalar. Se normalmente preferia as escadas, aqui elas eram obrigatórias para quem não quisesse ficar apertando o botão por todo o movimento do elevador, que não tinha porta interna, apenas a do andar. Saí para visitar o supermercado e suprir a pequena geladeira, instalada dentro de um armário que quase impedia a abertura da porta.