A manhã ensolarada não deixou muito motivo para continuar na cama e às 7:30 h estava começando a primeira caminhada pela ilha de Zakynthos. Resolvi andar para o lado contrário ao de ontem, aproveitando que a hospedagem já fica fora da capital. Não tinha um objetivo fixo mas pretendia andar por uns vinte quilômetros o mais próximo possível do litoral. O trajeto começou com uma série de curvas para cima antes de entrar na reta que leva à praia mais extensa das proximidades. O céu estava bastante limpo mas o sol baixo ainda deixava o ar gelado. Levei um susto na primeira virada na esquina da ilha. A ventania, além de muito forte, causava um frio intenso. Achei que fosse ter que voltar e fazer planos alternativos porém continuei mais alguns metros apoiando o boné com as mãos. O deslocamento de ar continuou desconfortável por algum tempo. Numa das curvas fechadas da parte descendente da estrada entrei no estacionamento de um hotel, habilmente denominado Varanda, para admirar a impressionante paisagem da praia abaixo. Contudo, o vento apenas permitia breves momentos de contemplação sob ameaça de arremesso aos ares. Um pouco adiante um nicho arredondado de pedra na borda da via oferecia alguma proteção relativa. A estrada continuou mais ou menos paralela à costa, nem muito longe e nem muito acima do mar, o que permitiu diversos desvios de curta duração para observar praias pequenas e alguns atracadouros. Também passei pelos três grandes balneários turísticos do itinerário em Tsilivi (leia tssiliví), logo no início, Alykanas (leia alicanás), quase no fim e Alykes (leia aliqués), ponto final do passeio. Após muito debate interno resolvi voltar pelo trajeto automobilístico calculado pelo aplicativo. Como eu já estava meio atrasado era melhor não inventar muito. A longa rodovia me deixou estressado, com todo o trânsito e barulho e, depois da metade da distância, encontrei uma via pavimentada interna com muito menos movimento. Isso talvez tenha alongado em alguns quilômetros o percurso porque a rota escolhida pelo mapa eletrônico atravessava o morro em que fica o Castelo de Zakynthos, que eu nem sabia que existia. Inicialmente achei uma ideia interessante passar por perto, mesmo que não tivesse a intenção de fazer a visita hoje. Serviria como referência para os dias seguintes e me deixaria bem mais perto do hotel. Contudo, o desnível a ser enfrentado era muito maior e já havia feito bastante exercício por um dia. Por outro lado, a via interna que eu descobri fazia o contorno do penhasco, passando pelo centro da cidade. Embora não estivesse necessitado ainda, entrei num supermercado para comprar um pouco mais de líquido. A internet resolveu dar bastante trabalho e tive que sair para alimentar os mosquitos. Lá fora estava melhor e valeu algumas mordidas. Mas nem o sangue doce foi suficiente. Precisei completar mais tarde.