23/ago/25

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25/ago/25

Saí às 10:15 h com casaco e chinelo novo. Kristiansand no domingo de manhã era um deserto. Parecia que não era só eu que queria ficar em casa e tinha a impressão de que era proibido trabalhar na Noruega no primeiro dia da semana. Pensava em visitar um grande parque que ficava nos fundos da cidade, mas antes passei na praça central, onde os sinos da Catedral convidavam para a missa. Fiz uma curta caminhada na parte do porto de conteineres que ficava na outra margem da Ilha Odderøya e encontrei uma escultura com dois nomes na identificação. Não ficou claro quem era quem. Segundo a Internet, Vilhem Krag foi poeta nascido na cidade e Finn Eriksen podia ser trompetista ou, o mais provável, escultor. Resolvi continuar dando voltas pelas áreas conhecidas. Atravessei a ponte de madeira que integrava o Museu do Porto e observei os barcos no recinto aquático. Cruzei mais uma vez a orla até a outra ponta, onde ficava o Aquarama, edifício para prática de esportes, com academia, parede de escaladas, quadras e piscina externa. Provavelmente tinha uma aquecida também, porém não ultrapassei as portas. Finalmente entrei no Parque Baneheia, através de uma trilha que conduzia a um mirante. A floresta era enorme e fiquei restrito aos reservatórios mais próximos da entrada. Encontrei alguns supermercados abertos no caminho e aproveitei para gastar um pouco das coroas. O resto ficou de mico. Havia visto dois livros em inglês de autores noruegueses que tive vontade de adquirir, apesar do espaço inexistente. O montante era exatamente o valor que tinha sobrado.Porém as livrarias não abriam no domingo e ontem no final da tarde, quando voltei para o hotel, também já estavam fechadas. Ao entrar no quarto encontrei as telas da janela abaixadas e o resto bagunçado como deixei, indicando que ninguém entrou para a faxina. Devia ser algum dispositivo automático acionado de acordo com o sol e a temperatura. Meia hora após ter sentado na cama para digitar os textos, ouvi um clique e o protetor da janela começou a subir.