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| Dubai / Atenas - ter 23/mai/17 (111 fotos) | Mais fotos: | Álbum | Slide show | Vídeos |
Dubai, dentre os aeroportos que eu conheço, faz parte, junto com Istambul e, em grau menor, com a Cidade do Panamá, dos centros de transferência de passageiros aeroviários. Desses lugares partem e chegam voos de todos os cantos do mundo ou, no caso da república centro-americana, das três Américas. Desde que cheguei no fim da noite de ontem estive andando pelo terminal à procura de um local mais tranquilo e confortável para me aconchegar durante a madrugada. As fileiras de bancos espalhadas por todas as paredes e salas de embarque são razoavelmente aconchegantes. Contudo, as grandes poltronas com apoio para os pé
s e encosto alto estavam bastante concorridas. Pela característica de ponto de transição entre diversas partes do planeta, o funcionamento do Aeroporto Internacional de Dubai é ininterrupto, as lojas ficam abertas as 24 horas do dia e os passageiros estão sempre procurando um canto para descansar. Eu tentava não cair no sono antes de o portão de embarque ser anunciado, o que só ocorreu às 3:30 h, 20:30 h em São Paulo. Finalmente fiquei sabendo que a partida das 10:50 h para Atenas seria do Terminal B. Segui pelo trem interno que circula a cada dois minutos e, pouco depois de ter chegado, às 4:11h, teve início o 
canto religioso chamando para a oração dos muçulmanos. Consegui dormir até 6:00 h, quando pude me acomodar em uma das poltronas mais espaçosas. Quatro horas depois começou o embarque no Boeing 777-300 em que a minha fileira era a penúltima, com somente dois assentos. O voo, que teria continuação para os E.U.A., seguiu lotado até a Grécia, incluindo um vizinho de última hora, num percurso de duração estimada em pouco menos de cinco horas. Boa parte da tripulação, especialmente a do meu corredor, era composta por gregos e, portanto, não primava pela simpatia. No correr do almoço sem inspiração, que repetiu a refei
ção de frango com purê, o cotovelo do meu companheiro de fila me fez perceber o quanto mais largas eram as cadeiras da aeronave anterior. Parte do percurso atravessou as paisagens arenosas e pedregosas do Deserto da Arábia, pontilhadas em diversos locais por círculos de culturas irrigadas. Aparentemente o piloto fez um desvio para percorrer um caminho mais ao sul, passando sobre a Península do Sinai e atravessando o Golfo de Akaba, que a separa da Arábia Saudita, provavelmente tentando diminuir a turbulência enfrentada anteriormente. Resolveu então fazer um esplêndido tour aéreo, cruzando o Mar Vermelho perto da
entrada para o Canal de Suez e seguindo para a cidade do Cairo, onde pude apreciar do alto as pontes que atravessam o centro da capital e as ilhas do Rio Nilo. Me esforcei mas não consegui distinguir as Pirâmides. No trajeto paro o norte, após sobrevoar o Delta do Rio Nilo, surgiu a cidade de Alexandria às margens do Mar Mediterrâneo. Inevitavelmente ele teria que passar sobre a Ilha de Creta para chegar em Atenas e pude observar com atenção os lugares que vinha estudando tão detalhadamente para planejar o roteiro. Também nesta rota estava disponível a conexão por wifi e me registrei novamente no plano limitado
e gratuito por duas horas. A temperatura esperada na chegada era de 33°C, com possibilidade de pancadas de chuva. O pouso ocorreu às 15:10 h, seis horas mais tarde do que em São Paulo e meia hora antes do que era previsto. Os passageiros desceram na pista e foram transportados de ônibus para o terminal. Como a porta traseira também foi aberta pude ser um dos primeiros a descer e também a entrar na fila dos estrangeiros da imigração. Em menos de 15 minutos já estava com o passaporte carimbado e esperando pela mochilona. Fiquei na dúvida se era a minha na primeira passada e tive que esperar ela fazer toda a volta
. Não olhei na cara dos policiais que verificavam aleatoriamente as bagagens e, como eles estavam ocupados com outros visitantes, passei direto para o solo grego. No saguão fui para o lado contrário ao da saída para ver como funcionava o sistema de armazenamento de bagagens, serviço que pretendia utilizar na volta de Creta. Atravessei a avenida na saída do terminal e cheguei à estação de trem por uma passarela. A fila da bilheteria era grande mas nas máquinas automáticas ocorria o mesmo de modo que preferi falar com um vendedor. Com a paciência estourando ele dava as explicações para todos que se aproximavam. Co
mprei uma passagem para o centro sem saber muito bem o caminho mas, seguindo o fluxo, troquei do trem urbano para o metrô às 16:30 h e cheguei na parada do hotel 40 minutos mais tarde, depois de usar as linhas azul e vermelha. Às 17:20 h subi para conhecer o quarto e experimentar a internet. Com os passos básicos satisfeitos tinha ainda duas tarefas que gostaria de realizar. A primeira era verificar horários de trens para Corinto (leia Córinto) na estação vizinha. Não consegui cumprir a outra programação, que era tentar achar o escritório da companhia marítima e pedir para imprimir os cartões de embarque. O ende
reço fornecido era apenas o do porto e gostaria de sair da capital com tudo resolvido, de preferência com antecedência. Estava preparado para pegar a loja fechada, por causa do horário. Porém nem o local eu encontrei. Na posição de que me recordava de viagens anteriores não havia nada aberto. Me comprometi a pesquisar o endereço correto quando voltasse para o hotel. O resto do fim de tarde foi gasto observando alguns dos inúmeros monumentos da cidade. A Acrópole era o ponto mais visível da visita mas também passei na Praça Monastiraki, onde fica o Museu Bizantino e os carrinhos de frutas. Não resisti aos morango
s. Enormes e sem muito gosto. Também estive do lado de fora da grade na Biblioteca de Adriano, num sítio arqueológico escavado na Praça da Prefeitura e na Agora (leia Ágora) Romana. Andei por algumas ruas do bairro boêmio nas encostas da acrópole e, ajudado pela pesquisa do mapa eletrônico, encontrei um bom supermercado perto do hotel. Como vou ficar muito pouco tempo na cidade não podia pensar em me abastecer em excesso. A internet na hora do teste à tarde esteve razoável. Quando fui transmitir as fotos depois da visita que durou até o começo da noite, ela ficou uma porcaria e quase impossível de trabalhar.