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| Nuoro - seg 23/jun/25 * 17,39 km * (55 fotos) | Mais fotos: | Álbum | Slide show | Vídeos |
Desci às 8:00 h para o café. Não sabia quanto tempo o hotel iria aguentar com apenas um ou dois hóspedes por noite. Pretendia fazer passeios mais rápidos por algumas ruínas na própria cidade. Inicialmente, repeti o início do caminho para a base do Monte Ortobene, onde havia u
m acesso para a zona arqueológica de Domus de Janas. O percurso passava pelo Museu, com uma exposição de objetos paleontológicos e arqueológicos de sítios da redondeza, tendo sido fundado em 2002 para reunir coleções de diversas instituições anteriores. Não abria aos domingos
e segundas-feiras. Perto da capela Madonna de La Solitudine, onde estava a tumba de Grazia Deledda, foi erigido um monumento em reconhecimento e recordação da escritora. De autoria da artista Maria Lai de Ulassai, ao sul de Nuoro, foi elaborado em 2011 e propositadamente in
stalado distante do centro urbano e junto à montanha inspiradora dos textos da ganhadora do Prêmio Nobel. Algumas centenas de metros pela estrada asfaltada levavam à entrada da trilha para a formação rochosa. Cheguei ao meio-dia no Domus de Janas, um conjunto de pedras escava
do no período pré-histórico como tumba coletiva. Aprendi no Google que o nome não era especifico do local, porém uma identificação das mais de 2400 estruturas semelhantes espalhadas por toda a Sardenha. Após uma passeio pelo entorno, retornei por uma trilha diferente para ati
ngir um trecho de outra rodovia. Devido à topografia, Nuoro era formada por braços ao longo dos topos das elevações, com as residências descendo as encostas. Para chegar ao novo destino, tive que respeitar a disposição da cidade e uma curta distância em linha reta se transfor
mava em vários quilômetros de percurso. Entrei no deserto Parque Ugolio, que não foi indicação de ninguém, mas do aplicativo dos mapas. Na área havia um resto de Nuraghe não restaurado. O povo nugárico deixou milhares de edificações como aquela, distribuídas principalmente pe
la região das montanhas que delimitam o miolo da ilha. Os pesquisadores não sabiam ao certo a função das estruturas, mas cogitavam em torre de defesa, residência de líderes, templo religioso dentre outras finalidades. Uma atração próxima que não constava do mapa, mas era apon
tada pelas placas pirografadas, apresentava três cruzes no alto de um maciço de pedra, simulando a crucificação no Monte Gólgota. Indo para o outro lado da cidade à procura de construção do mesmo tipo, também sugerida pelo mapa do celular, passei pela estação de trem, bem no
centro. Ao contrário do que imaginava, ela estava em uso, com linhas para diversos lugares, inclusive aqueles para os quais já havia adquirido a passagem rodoviária. Cheguei na colina Tanca Manna e descobri que o parque estava fechado, só sendo possível avistar ao longe parte
da obra milenar. Passei ainda pelo anfiteatro ao ar livre Fabrizio De Andrè, cujo nome era homenagem ao cantor de Tempio Pausania, aquele das estrofes de poesia penduradas entre os prédios. Voltei para o hotel um pouco mais cedo para preparar a viagem de amanhã para o litoral.