Kristiansand - sáb 23/ago/25 * 17,5 km * (66 fotos)

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Acordei às 10:00 h com um dia maravilhoso aparecendo pelas janelas enormes do quarto. E a previsão indicava céu limpo pelo resto do dia, apesar da temperatura máxima de apenas 18°C. Já havia esquecido o que era o sol e o calor. Calor relativo que, no entanto, causava uma diferença enorme no ânimo. E a falta de rajadas fortes de vento também estava contribuindo para o bem-estar. O que achava ser uma península era a Ilha Odderøya, ponto de atividade militar desde o séc. XVII. Os prédios históricos foram transformados em lojas de artesanato e restaurantes conformando a ilha toda como um local d

e recreação. A adaptação arquitetônica mais fantástica que encontrei foi a conversão do antigo silo para armazenamento de grãos em centro de artes. O imaginativo aproveitamento da casca da construção criou espaços para exposições e apresentações musicais. Uma simpática funcionária veio, muito sutilmente, me mandar embora. Estava já havia algum tempo observando a estrutura, tirando fotos e fazendo vídeos. Ela se aproximou perguntando se eu ia subir para ver as obras de arte. Com minha resposta negativa, ela sugeriu que visitasse a lojinha, dizendo que a permanência no saguão onde estava era g

ratuita. Continuei andando pela Ilha e passei pela região residencial, com apartamentos espetaculares. Entrei no Parque Peisestuen onde uma trilha pelos penhascos levava aos faróis construídos final do séc. XIX. Dei a volta completa na Ilha utilizando diversas trilhas e desci algumas pedras para apreciar as vistas. Numa das escaladas o chinelo começou a reclamar e eu não estava carregando o sobressalente. A partir daquele momento redobrei os cuidados e desisti de me aventurar em novas rotas rústicas se me deparasse com mais alguma. Só usaria caminhos planos ou com bom pavimento sob pena de f

icar descalço. Quase de volta na civilização comecei a ouvir um ruído pelas imediações cuja origem não conseguia identificar. Pensei em algum drone sobrevoando a área, quando percebi que o som vinha do meu bolso. O celular havia detetado uma rede aberta e começou a assistir um vídeo. Andei para o outro lado da cidade e percorri a margem do Rio Otra até o Parque Tangen, quando ele desaguava no fiorde. Atravessei a ponte e caminhei por ruas residenciais, depois das quais encontrei o Museu da Natureza e o Jardim Botânico. Dei uma volta nas alamedas sem entender se ele estava aberto ou fechado.

A tabela de horários era meio confusa, mesmo a em língua inglesa. Numa estufa havia uma placa avisando que a entrada só era franqueada para quem houvesse comprado ingresso. Não era o meu caso. Atravessei novamente o rio em direção ao hotel. O sol esteve ótimo durante o dia todo, porém as rajadas de vento impediam o aproveitamento total. Tirei o casaco logo no começo do passeio e teimei em não colacá-lo, apesar do frio. Atingindo o centro, tive que mudar de ideia. As ruas ortogonais não recebiam mais muito sol e a junção de sombra e vento era motivo suficiente para colocar novamente o agasalho.