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Paleochora - qui 22/jun/17 (62 fotos)Mais fotos:ÁlbumSlide showVídeos

Arco de pedra - PaleochoraÀs 7:15 h saí para a longa caminhada do dia. A meta era a praia de Elafonisi (leia elafoníssi), uma das que sempre aparecem na lista de mais belas do planeta. Havia uma passeio de barco que bordejava o litoral e também uma viagem de ônibus que fazia o longo desvio de mais de 40 quilômetros pelo interior. Ambos saiam de Paleochora às 10:00 h. Optei por andar os dez quilômetros da estrada litorânea asfaltada e depois enfrentar a trilha de nove quilômetros pelos penhascos. Que ilusão! O caminho pavimentado foi fácil de percorrer apesar de ser bastante chato, desviando para longe da costa e passando por uma extensaTrilha nas montanhas - Paleochora região de estufas plastificadas para produção de tomates. Estava animado no começo da estrada de terra, que logo virou uma trilha mal cuidada, de onde podia ver o perfil da subida demarcado nos morros. Pouco à frente percebi que o mapa eletrônico tinha me enganado de novo. Havia uma grade impedindo a passagem entre a minha posição e a via pavimentada do outro lado. Como dava para ver onde tinha que chegar não ia fazer toda a volta novamente e resolvi passar pela quase abertura da proteção. Claro que por perto havia um cão alvoroçado com presença humana, porém a corrente que o prendia parecia suficientemente foInício da trilha - Paleochorarte. Cheguei na praia de Krios, forrada de pedra como a maioria por aqui, e foi então que começaram as indicações para a trilha oficial. Ela era parte da rota E4, que atravessa a Europa e termina na outra ponta de Creta e parecia bem sinalizada, com setas amarela e pretas pintadas em diversas pedras. Mas o terrorismo começou já na placa que falava em cinco horas até o final. E alertava sobre a quantidade de água. E fornecia um número de emergência. E informava que a diferença de altitude máxima era de 250 metros. Sinais que só minavam minha resolução. Desde o início estava na dúvida sobre a viabilidade da emprePraia de Krios - Paleochoraeitada e vendo o que me esperava acabaram as incertezas. Não havia a menor possibilidade de sequer começar a tentar começar. Só a travessia do pequeno rochedo que separava a praia em duas partes foi complicada o suficiente para mostrar o meu despreparo. Como já havia decidido desistir achei que poderia pelo menos passar algumas horas nas espreguiçadeiras espalhadas e aparentemente sem dono. Escolhi uma delas e comecei a digitar o início do texto mas fui expulso pelo enxame de moscas. Experimentei outros três locais mas elas não me largavam. Até que surgiu um casal falando inglês. Ao contrário do que pensei elesRochedos na praia Plakaki - Paleochora foram direto tomar banho de mar e não pareciam interessados em escaladas. Mais algumas pessoas iam na direção da Praia de Krios mas não percebi se planejavam continuar morro acima. Oprimido pelos insetos retomei a rota no sentido do centro para ver se uma das inúmeras praias por que havia passado na ida iria me atrair. Apesar do desânimo por não completar meu desafio não consegui resistir aos encantos dos rochedos da Praia de Plakaki e estiquei minha toalha. Logo surgiu um fiscal falando que estava em área particular, apesar de não haver sinalização, que funcionava como algum tipo de salina. Havia achado esquiMar da Líbia - Paleochorasito os inúmeros pedaços de mangueiras de borracha espalhados pelas pedras mas pensei que fosse mais um exemplo de falta de educação dos gregos deixando lixo por todo lado. A praia de seixos ao lado, também cercada por belas rochas entrando pelo mar estava, no entanto, à disposição. Não havia ninguém quando cheguei mas após acordar de um breve cochilo já não estava mais sozinho. O sol estava muito forte e me obrigou a enfrentar a água inicialmente gelada do Mar da Líbia. Como ainda não estava muito perto da cidade achei melhor sair um pouco mais cedo e às 14:30 h retomei o percurso pela estrada para o centro.