21/jul/24

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23/jul/24

Pretendia passar o último dia em Viena andando pelo centro. Novamente desdenhei o café da manhã e saí do hotel às 9:30 h. Durante a caminhada de quilômetro e meio até a Praça da Prefeitura atravessei as arcadas de um Museu fechado e encontrei na esquina a história do Soldado de Ferro. Em 1919 uma campanha de arrecadação de fundos para viúvas e órfãos e foi lançada, através da qual as pessoas poderiam martelar um prego na estátua de madeira de uma figura de cavaleiro. Após várias aventuras e ter sido temporariamente esquecida, foi colocadoa no local originariamente planejado. Numa segunda rodada, a doação autorizava um prego no pedestal. Estava muito indeciso sobre o que visitar no imenso Palácio Imperial. Entrei nas salas de bilheteria de várias instituições e decidi dar preferência à Biblioteca Nacional da Áustria. O maravilhoso salão principal fazia uma homenagem ao compositor Anton Bruckner, que completava 200 anos em 2024. Ele tinha um pouco de trauma por causa da origem caipira, nascido perto de Linz, que contrastava com a vida cosmopolita da capital. A Biblioteca foi construída nos anos 1720 e, dentre outras coleções, armazenava os 15.000 títulos do Príncipe Eugênio de Savoia e globos fabricados em madeira pintada, um representando os continentes e o outro as constelações, em produção de um cartógrafo veneziano do final do séc. XVII. Fiquei um pouco confuso porque os textos falavam em um par, mas havia quatro esferas na sala, aparentemente dois pares.Na saída a ventania continuava e havia juntado mais nuvens, num sinal negativo. Dei muitas voltas pelo centro vendo os estábulos onde alimentavam os cavalos dançarinos, para alegria do público, o prédio em que trabalho o presidente, outro do primeiro-ministro, a Igreja de Santo Agostinho, as principais ruas de comércio, alguns museus e a Catedral de Santo Estêvão. Quando estava pronto para pagar a entrada, desisti porque eles não aceitavam cartão. Continuei me perdendo pelas ruas centrais até a hora de voltar para o hotel. A última parada foi na Igreja dos Franciscanos, absolutamente vazia. Pelos poucos minutos que fiquei lá dentro, não entrou ninguém e senti uma diferença enorme com o clima agitado da Catedral lotada.