Levantei às 7:00 h com o objetivo específico de experimentar a rede da SNCF e tentar transferir todos os dados para o provedor. O sol voltou mas continua muito frio. Em 40 min estava na estação iniciando as transações. Correu tudo perfeitamente e em meia hora atualizei tudo que estava pendente. Segui para a vizinha rodoviária para comprar uma passagem para a cidade litorânea de Concarneau (leia concarnô). Tentei também comprar passagens de trens de ida e volta para lOrient (meu programa nao aceita apóstrofo), outra cidade próxima. Consegui fazer tudo até o momento de pagamento. Parece que as máquinas não aceitam o cartão VTM. Fiquei na dúvida se haveria tempo para entrar na loja, já que o ônibus sairia em menos de 20 min. Arrisquei. De qualquer forma poderia pegar o transporte de uma hora mais tarde. Havia fila e as três vendedoras atendiam clientes complicados. Na minha vez, fiz todas as solicitações, como horários, poltronas e cartão de idoso, e dessa vez deu tudo certo na primeira tentativa. Saí com os dois bilhetes e ainda deu tempo de pegar o ônibus com 4 min de sobra. A viagem para Concarneau levou aproximadamente 30 min e o motorista fez algumas paradas no centro e no porto. Quando estava programando a viagem em São Paulo cogitava da possibilidade de caminhar os 20 km mas percebi que seria cansativo demais e teria que voltar assim que chegasse. Não sabia o que esperar do vilarejo mas já na chegada vi umas muralhas que me agradaram. Inicialmente dei um volta pelo porto, com seus barcos de passeio e pesqueiros. Foi então que lembrei que havia imaginado a visita por causa das informações colhidas na internet sobre a cidade medieval cercada de muros em uma pequena ilha. Ela é totalmente reservada para pedestres e o único acesso por terra é através de uma curta ponte que faz a ligação com o continente. Na outra ponta existe um serviço de barcas para a travessia marítima dos visitantes e moradores. Após entrar pela Torre do Governador, subi as escadas para completar o circuito sobre as muralhas. Decidi então visitar uma exposição temporária, que valeu apenas pela arquitetura da torre dentro da qual foi montada. Existe apenas uma rua, lotada de turistas e com lojas de roupas, produtos locais e lembranças, além de restaurantes e bares dos dois lados. Um canto da ilha é reservado para apresentação de espetáculos equestres em ambiente medieval nos meses de julho e agosto. No pátio principal na entrada cantores fazem apresentação de música de época. Duas horas foram o suficiente para ver tudo e ao meio-dia estava saindo para passar entre as barracas de uma feira livre na parte continental e no mercado coberto, com quiosques de queijos, peixes e ervas. Havia planejado retornar a Quimper no final da tarde mas não foi necessário todo esse tempo em Concarneau. Voltei no ônibus das 13:30 h com a intenção de encontrar uma tomada para usar o carregador, que agora faz parte dos itens essenciais levados todos os dias no saco de utilidades. Na estação ferroviária havia algumas possibilidades, porém todas implicavam em sentar no chão. Na vizinha rodoviária havia apenas uma, mas do lado de um banco. Aguardei até que as duas pessoas que sentavam lá seguissem caminho e tomei o meu lugar. Enquanto aguardava o carregamento de parte da bateria, adiantei a digitação do texto do diário, me preparando para fazer mais uma entrada no centro de Quimper. Às 15:15 h fui verificar se havia deixado passar alguma atração. As atividades culturais continuam como ontem, com muita gente assistindo e aplaudindo entusiasticamente. Segui um trecho do Rio Steïr até o Moinho do Duque que represa suas águas. Na saída do centro, depois de tomar um sorvete duplo, passei pela Igreja de São Mateus e segui o caminho de volta ao hotel com o qual já estava acostumado. Realmente não há possibilidade de transferir os arquivos com a conexão disponibilizada junto com a diária. Espero que dê para fazer isso amanhã, antes do trem das 9:11h.