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| Stavanger / Kristiansand - sex 22/ago/25 * 13,54 km * (63 fotos) | Mais fotos: | Álbum | Slide show | Vídeos |
Não precisei de despertador para acordar às 6:00 h e me preparar para a transferência para Kristiansand, a última cidade da Noruega a ser visitada. A partida do trem estava marcada para 8:47 h e deixei o hotel uma hora e meia antes para a caminhada gelada de quarenta minutos por ruas úmidas e empoçadas. A possibilidade de garoa não ocorreu. Quando entrei no terminal, o monitor já anunciava o serviço, contudo informava que, a partir de determinada localidade, a ligação havia sido cancelada. Acessei rapidamente o mapa eletrônico, que me deixou tranquilo apresentando a interrupção depois da minha parada. Ao sair para a plataforma, o trem estava recebendo os passageiros. Não havia indicação do número do vagão e me ori
entei pela letra que havia no saguão mostrando a situação dos carros. Havia alguns assentos vagos, porém eu tinha um vizinho. Uma hora após a partida ele se mudou para a poltrona da frente, onde havia uma moça. Imagino que tenham usado um aplicativo de amizade para se aproximarem. Não houve troca de conversas entre os assentos, o que fazia crer que o contato foi totalmente digital. Depois de quinze minutos puxou a mochila que estava no chão ao meu lado. Devia ter sido aceito. No final já estavam recostando a cabeça um no ombro do outro. Quando chegasse em casa iria me dedicar ao desenvolvimento de um vidro anti-reflexo e fazer fortuna fornecendo para as companhias de ônibus e trens. Os noruegueses tinham um vício
de linguagem terrível. Todas as conversas eram acompanhadas por longas sequências da interjeição Yá. Era até engraçado e eles nem deviam perceber. Pouco antes da chegada mandei uma mensagem para o alojamento perguntando se poderia fazer o check-in antecipado e não recebi retorno. A principal atividade do dia seria marcar a barca para a volta para a Dinamarca na segunda-feira. A estação marítima ficava quase ao lado da ferroviária e fui para lá ainda carregando as mochilas. Havia duas alemãs na fila antes de mim e na minha vez comprei uma passagem para a travessia matinal. Acho que paguei bem mais do que se tivesse usado os serviços do site pelo qual tenho feito as reservas de transporte. Contudo, pude pagar em din
heiro e me desfazer de algumas coroas que estavam sobrando. Perto dos dois terminais ficava o hotel da rede Citybox que tenho usado na Noruega. Inseri o número da reserva na máquina e recebi a resposta de que estava muito adiantado. Havia uma opção para deixar as bagagens numa sala e recebi um cartão para acessá-la. Com duas horas e meia de intervalo, dava para fazer um primeiro reconhecimento do centro. Preparei um chá com as opções oferecidas para uso dos hóspedes enquanto definia o roteiro inicial. O centro era bem compacto e passei pela praça principal, onde ficam as atrações principais, como a Prefeitura, a Catedral, a Biblioteca e o Parque Wergelands. A algumas ruas para a frente e para o lado ficavam as orl
as do fiorde. Num lado estava o porto e do outro os jardins à beira-mar. Separando os dois ficava uma grande península ocupada pelo Parque Peisestuen. Voltei para o alojamento para fazer o registro e retirei a mochilona da sala de bagagens. Voltei para um caixote como o de Oslo. O tamanho do de Bergen era exceção. O quarto estava um forno e a primeira vez que abri a janela, uma tela embaralhava a visão. No retorno do passeio inicial, a tela não aparecia mais e não consegui mais fechar a janela que tinha aberto pela segunda vez. Tive que descer para pedir para alguém resolver o problema. Para onde a tela tinha ido ficou como mistério. Não percebi nenhum botão que levantasse a proteção. Saí novamente às 16:30 h para
mais uma volta rápida. A cidade foi fundada pelo rei da Dinamarca e Noruega Cristiano IV no séc. XVII e o forte que deu origem ao assentamento ficava numa ilha separada do continente por um profundo braço de mar, aterrado no séc. XIX. O andar superior da Rotunda, onde morava o comandante da fortaleza era atualmente um restaurante e casa de eventos com a organização de uma festa de casamento em andamento. Apenas uma vez, em 1807 durante as Guerras Napoleônicas, em mais de duzentos anos de construção, as defesas foram usadas contra inimigos, representados por navios ingleses. Ao voltar ao quarto, encontrei a janela devidamente fechada e o ambiente quentinho. A tela que atrapalhava a visão ainda continuava sumida.