20/mai/25

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22/mai/25

Foram nove horas e meia de um voo tranquilo, com poucos e curtos episódios de turbulência leve. Consegui dormir por pouco mais de três horas, acordando noventa minutos antes do pouso programado para 6:00 h. O lanchinho do café da manhã foi servido, sanduíche de queijo e salada de fruta, e o serviço rapidamente encerrado para preparação do pouso. Mais uma vez, o piloto não encontrou vaga no Terminal e teve que largar o avião no estacionamento remoto, o que significava dar uma volta enorme de ônibus em torno da pista. A temperatura estava em 17°C. Levei meia hora para sair da aeronave e passear no transporte gratuito do aeroporto. Para passar nas máquinas de leitura do passaporte havia uma fila razoável, que tomou quinze minutos. Havia apenas dois pórticos funcionando e um monte empacotados na sala ao lado. Talvez na próxima viagem já estejam instalados e operacionais. Como europeu não tive que enfrentar os policiais da imigração. A etapa seguinte foi a inspeção do raio-x, também bastante concorrida. A mochilinha foi separada para verificação e tive que deixar as três latas de Coca-Cola que havia trazido da sala VIP de São Paulo. inicialmente achei que não daria tempo de visitar o lounge lisboeta, porém o portão de embarque para Roma levaria mais uma hora para ser anunciado. Deu para comer um belo café da manhã e aproveitar a ótima Internet para atualizar os dados de ontem no calendário. Tive dificuldade com o envio do vídeo para o YouTube e deixei para analisar o problema com mais detalhe no hotel de Roma. Desci para o portão e esperei um pouco na fila Silver. O funcionário que verificou meu documento implicou com a armação da mochila e mandou ela para o porão. Pelo visto eles implicaram com todo mundo porque as bagagens de todos os passageiros foram etiquetadas. Novo ônibus para chegar no estacionamento do outro lado da pista, dessa vez com trânsito. Não era trânsito, apenas um veículo de carga estacionado no caminho. Na saída do autocarro todos entregaram os pertences de rodinhas ou armações de ferro para o armazenamento nas entranhas do avião, de logotipo retrô. Eu quase arranquei a minha etiqueta para subir com as duas mochilas, mas achei mais prudente seguir as regras. O voo estava estimado em duas horas e meia, com temperatura de chegada de 18°C. Escolhi o único item gratuito do cardápio, um copo de água, e ganhei um chocolate de graça. O sobrevoo do continente europeu através de um céu sem muitas nuvens permitiu identificar Barcelona e os Pirineus nevados ao longe e visualizar o extremo norte da Sardenha e o arquipélago La Madalena. Apesar do atraso de meia hora em Lisboa, o pouso ocorreu quase no horário marcado. As nuvens na aterrisagem me deixaram muito desanimado. A temperatura de 20°C também não ajudou. O piloto teve que ficar alguns minutos parado no meio do caminho aguardando a liberação da vaga. O avião tocou o solo às 13:00, cinco a mais que São Paulo, e o desembarque só foi liberado vinte minutos depois. Como continuávamos no espaço Shengen, não haveria imigração. Foi só pegar a mochila na esteira e procurar o ônibus, cuja passagem já havia adquirido em casa, por medo de ficar mais cara. Na bilheteria daqui era mais barato. E teria que esperar mais de uma hora para a partida seguinte. Como cheguei mais cedo, fui o primeiro da fila, o que garantia vaga no transporte. Logo depois começou a se formar uma longa fila atrás de mim. Percebi que estava olhando na tabela errada, que ia para o Vaticano. Para a saída da estação central Termini faltavam vinte minutos. Comecei a usar a ligação rodoviária quando percebi que o trem era muito mais caro. O carro lotou e a fila continuava. Depois do trajeto de meia hora até o ponto final, caminhei em direção ao hotel reservado, em que já havia estado em outra ocasião. Repeti a hospedagem porque simplesmente não havia opção. E mesmo assim foi bem mais caro do que pago normalmente. Como 2025 é Ano Santo, a inflação na cidade deve ter aumentado sensivelmente. A primeira impressão foi melhor do que eu lembrava da outra vez. Estava cansado e em dúvida com a quantidade de nuvens, porém resolvi dar uma volta rápida pelas redondezas. Voltei à estação para avaliar algumas viagens de um dia. Porém as que eu tinha mesmo vontade de conhecer ficam muito longe e precisa de baldeação. Sobraram algumas alternativas mais próximas. Andei por alguns quarteirões e passei pelo Moisés que fica numa esquina. De ambos os lados ficavam igrejas em que entrei. Na volta, visitei um supermercado, que já me serviu outras vezes, para fazer algumas compras.