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Lisboa / Paris - ter 21/mai/24 * 3,76 km * (54 fotos)Mais fotos:ÁlbumSlide showVídeos

Europa acordando - São Paulo-LisboaDas 12 horas que passei dentro do avião, metade do tempo foi gasto entre a resolução do problema técnico e o final do jantar. Seguiram-se 4 horas de sono profundo e uma de cochilos rápidos até o surgimento dos odores da cozinha. O breve lanche matinal, com pequena salada de frutas e um sanduíche, terminou antes de o comissário completar o serviço nas duas filas seguintes. Foi com o raiar do sol acima da espessa cobertura de nuvens que iniciei a árdua tarefa de extrair o casaco da mochilinha. Após aguentar a noite com dois cobertores, decidi que era hora de a peça justificar sua presença ocupando metade do exíguo espaço útil do acessório de mão. A previsão de frio fora do normal até o meio da tarde, quando os termômetros mal chegam aos 20°CChegando em Portugal - São Paulo-Lisboa, e a chuva fraca e intermitente do final da primavera europeia têm me atormentado por três semanas. O prazo de espera no aeroporto de Lisboa, que era de 5 horas, foi reduzido para duas, mas ao menos acho que conseguiria manter a conexão. Com o clarear do dia deu para perceber que as nuvens estavam mais espaçadas do que havia imaginado, porém o céu continuava bastante nublado. Pela mensagem transmitida pelo piloto, o trajeto entre a aeronave e o terminal parecia que ia ser feito por ônibus. O pouso aconteceu às 7:25 h, com temperatura de 14°C. Ao contrário do que imaginei, a saída foi pela ponte rolante. Andei rapidamente até a imigração e entrei na fila dos europeus, que estava vazia. Em compensação, a dos demais mortais dava voltas interParque Eduardo VII - Lisboamináveis. Desta vez o passaporte português mostrou sua utilidade. Às 8:00 h estava à procura de monitores para verificar o portão para Paris. Apesar de vários voos mais tarde, o meu não aparecia. Resolvi visitar a sala VIP e complementar o café da manhã que não tive no avião. A tela na sala mostrava o portão para o qual deveria me dirigir e me autorizava a aguardar algum tempo. A excelente rede Wifi me permitiu atualizar os dados de ontem, mesmo tendo que resolver vários percalços e relembrar alguns procedimentos. Só faltou postar os pequenos vídeos, um processo mais tedioso e demorado. Desci às 9:15 h para procurar meu avião com antecedência de 15 minutos até a abertura do embarque. Depois de outra espera cansativa, fui dos primeiros a enSala VIP da TAP - Lisboatrar no Airbus A320 neo e seguir para o fundão. Quase tive um ataque quando não achei os cartões no bolso. Após alguma pesquisa, contudo, descobri que havia posto no lugar errado. Fiquei tão tonto que nem percebi que estava sentado numa poltrona que não era a minha. Andei as seis fileiras para trás, só para reparar que a cadeira do meio já estava tomada. Meu vizinho, além de uma vestimenta bastante excêntrica, provavelmente africana, e um cômico chapéu meio chinês, tinha um cheiro extremamente desagradável de banheiro. A falta de espaço para todas as bagagens ameaçava a pontualide da saída, mesmo muitas tendo sido etiquetadas para transporte no porão preventivamente. Apesar das várias desavenças, a saída foi no horário marcado das 10:30 h.Saguão de distribuição - Lisboa Durante as duas horas no ar não consegui desviar meu nariz do cheiro esquisito. Acho que as aeromoças soltaram algum odorizador na cabine, mas não durou muito e só apurou o olfato. Também atrapalhou a tendência de ele cair para cima de mim durante os cochilos. Tomei o fato como uma lição para lavar as roupas com mais frequência. Todo o percurso foi um sobrevoo das muitas nuvens, com poucos e estreitos espaçamentos, e raros avistamentos das terras e cidades abaixo. Acho que deu para identificar Nantes, às margens do Rio Loire. O pouso aconteceu às 13:55 h sob 19°C. Como este era um voo considerado doméstico, dentro do espaço Schengen, não foi necessário fazer nova imigração. Após a coleta da mochilona e de desesconder as alças, pude sair Ponte Vasco da Gama - Lisboadireto para a calçada e procurar pelo transporte para o centro. Desta vez, em razão da localização do hotel reservado perto da Estação de Montparnasse, foi mais conveniente pegar o ônibus direto OrlyBus (leia orlibís, com biquinho francês), com trajeto de 30 minutos. O aeroporto fica razoavelmente perto do centro e, numa oportunidade de clima mais agradável, poderia tentar uma caminhada. Comprei o bilhete com o cartão VTM numa das máquinas de auto-atendimento e entrei antes de ele estar lotado. Achei cadeira, mas fiquei com as duas mochilas. Dava muito trabalho chegar no bagageiro, além da quase certeza de perder o lugar. Era o das 14:30 h. Teve outras paradas no aeroporto, onde entraram novas pessoas. Logo a seguir passamos por baixo de uAproximação - Lisboa-Parisma nuvem carregada, mas de pouca força. Não faz tanto frio, mas também não está confortável. Depois de 30 minutos o motorista chegou na parada final de onde eu caminhei, com a ajuda do aplicativo de mapas, até o hotel. Completei os 900 metros em 20 minutos. A reserva mencionava que a entrada nos quartos se daria a partir das 15:30 h, porém o horário correto era meia hora antes, justamente quando cheguei. O recepcionista pareceu meio confuso com a manipulação do computador e teve dificuldade de encontrar um quarto vago para mim. Tive que descer algumas vezes para resolver pendências. Da primeira tinha que habilitar minha reserva para poder acessar o Wifi, o que ele poderia ter feito de cara quando me registrou. Aproveitei para perguntar seOrlyBus - Paris havia uma escada para não precisar usar o elevador para subir apenas dois andares. Ele apontou a porta, contudo o cartão-chave, que havia usado para destravar o quarto, não funcionava mais. Depois de vários testes ele chegou à conclusão que eu tinha aproximado do celular e desmagnetizado o cartão. Felizmente não precisei descer para pedir ajuda com a televisão. A cada intervalo de poucos minutos ela ligava sozinha. Entrei em briga corporal com o controle e, de tanto apertar botão, o aparelho entendeu que eu não estava interessado no que ele oferecia. Apesar do cansaço e da preguiça de andar sob esse tempo sem-vergonha, decidi que deveria reconhecer as redondezas. No entanto o celular precisava da carga quase totalmente utilizada. Demorou A caminho do hotel - Parispara carregar e eu ia sair às 17:00 h com menos de meia bateria. Quando estava me preparando, notei pela janela a chuva que caía e adiei a aventura. Resolvi terminar as postagens dos vídeos de ontem e tive bastante dificuldade para lembrar dos detalhes, mesmo tendo realizado um esquema dos passos necessários. Espero que das próximas vezes não esteja tão desmemoriado. Perdi a noção do tempo durante este trabalho de escavação do cérebro e, às 19:00 h, quando a carga já estava completa, percebi que a chuva havia passado e um tímido sol aparecia. Aconteceu novamente de eu aproximar a chave do celular e fui obrigado a pedir novo socorro ao recepcionista. Já não pretendia sair mais, pensando em terminar o diário de hoje e tomar um banho quentinho.