20/jun/19

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22/jun/19

Após acordar diversas vezes desde as 5:30 h resolvi sair de casa às 8:00 h. A ideia era em princípio realizar outra longa caminhada. Depois de andar vários quilômetros pelo trajeto que escolhi havia chegado a hora do desvio sinalizado no mapa. Ao entrar na bifurcação tive a nítida impressão de que aquela via era particular, apesar de não haver cancelas ou barreiras como impedimento. Havia uma placa que falava algo sobre quarentena e privado, porém o croata ainda não é uma das línguas que posso arriscar a entender. Segui pela rodovia principal até o entroncamento seguinte. As quatro horas de exercício me colocaram às portas da pequena ilha medieval de Nin quase sem fôlego. Não acreditei ao ver um banco de madeira na sombra atrás da igreja, onde passei 30 minutos reaprendendo a respirar. Fiz o circuito da ilha ao longo da calçada com vistas para a baía e as praias, louco para me jogar na grama sob a sombra de uma árvore frondosa. Contudo, se fizesse isso acho que não conseguiria voltar para Zadar. A opção de continuar andando era a que tinha mais força mas se encontrasse um ônibus que me conduzisse não teria reclamado. No exato momento em que saía da ilha e passava pelo ponto um motorista parou para permitir a entrada de uma passageira. Quase fui junto mas resolvi testar a resistência. Afinal, só faltavam 19 quilômetros. Se a ida foi cansativa, o retorno seria ainda mais penoso. A única certeza era de que se parasse, não continuaria mais. Nem com um guindaste. Foram mais quatro horas arrastando os pés sob um sol inclemente, torcendo para que um sopro de brisa ou uma nuvem passageira surgisse na próxima curva. O que nunca aconteceu.