Em mais uma manhã bastante nublada, deixei o hotel às 10:30 h com o objetivo principal de comprar a passagem de amanhã para Salzburg. Entrei na internet para verificar as condições previamente, não tendo intenção de fazer a aquisição eletrônica. Preferia ter o papel na mão. Acho que cometi o mesmo erro ao adquirir o bilhete mais caro, com flexibilidade total. Parece que os vendedores não tinham interesse de economizar o dinheiro do viajante e sempre escolhiam a modalidade mais dispendiosa. Talvez tivesse que verbalizar o pedido, mas já havia levado uma bronca por não ter respondido à pergunta feita sobre o horário da viagem. Nem havia me dado conta de que era isso que ela queria saber na fala inicial. Com o bilhete no bolso segui pela rua Kepler até a ponte e entrei no centro histórico. Parei na praça principal na frente da prefeitura para adimirar as fachadas enfeitadas da Idade Média e depois entrei no pátio interno do Conselho do Estado da Estíria, do qual Graz era a capital. A Landhaus reunia as atividades administrativas desta região austríaca e, originalmente quando foi construída no séc. XV, tinha o propósito de representar os interesses dos parlamentares protestantes perante o governo católico sediado no Castelo. Apesar das nuvens, resolvi me afastar do centro e percorrer o Parque Augarten, ao longo do Rio Mur. Voltando para o centro, entrei nos túneis escavados no Morro do Castelo com a finalidade de proteger os cidadãos de bombardeios. A placa informativa falava em números impressionantes de volume de rocha removido e extensão das galerias. Não choveu, mas também não melhorou. Apenas depois de estar de banho tomado no hotel surgiram algumas áreas azuis no céu. Não tinha a menor recordação da cidade que visitei mais de uma década atrás.