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Bolonha - seg 21/ago/17 (74 fotos)Mais fotos:ÁlbumSlide showVídeos

Reno X Navile - BolonhaEstá ficando cada vez mais difícil sair de manhã, apesar do sol. Hoje só tomei coragem às 10:00 h. Na dúvida sobre o que fazer imaginei um roteiro que passava por parques e ciclovias repetindo o passeio anterior mas caminhando para o outro lado da cidade e subúrbios. Comecei pelo canal próximo da estação, que descobri ser Parque da Villa Angeletti - Bolonhaum espécie de continuação do Canal di Reno que conheci ontem. Caminhei pela trilha ao longo do Canal Navile por uns cinco ou seis quilômetros até as nuvens começarem a aparecer e uma interrupção para obras na rota surgir 500 metros depois da placa que a anunciava. Até cheguei a atravessar a barreira, seguindo o exemplo de Praça a la Gaudi - Bolonhauma corredora que acabava de me ultrapassar porém, após menos de uma centena de metros decidi retroceder, não por acato à orientação mas por ter lido em uma das placas que o canal seguia por 36 km até se juntar com o Rio Reno. Isso soava quase como caminhar até o original na Alemanha e eu não pretendia continuar andando a Eclusa desativada - Bolonhavida toda sem saber direito para onde. Na volta um italiano que consertava uma máquina começou a falar alguma coisa, obviamente se dirigindo a mim. Parei para ouvir a história de um motor e de duas fases e de três fases, conversa que não entenderia em italiano correto, talvez nem mesmo em português, que dizer contada nessaPorta Saragozza - Bolonha língua enrolada que eles usam. Voltei para a região central e passei a percorrer alguns dos quilômetros de avenidas que circundavam a parte histórica da cidade, admirando os restos de muralha que sobraram das demolições do início do século XX e as portas que permitiam o acesso à Grada, como os bolonheses apelidaram o centEstátua do Diabo - Bolonharo velho. Havia passado pelos portões de Lame, San Felice, Saragozza e San Mamolo quando fiz um desvio para o centro, atravessando a Praça de São Domingos e sua igreja, observando ainda a pequena Estátua do Diabo, afixada no alto de uma esquina sob as arcadas. A intenção secreta era tentar conhecer o Teatro Anatômico utiliTeatro Anatômico - Bolonhazado na dissecação de cadáveres para aprendizado médico. Havia feito a tentativa no primeiro ou segunda dia em Bolonha mas estava procurando no lugar errado. Naquela oportunidade andava pela área da universidade porém o centro de estudos só mudou para lá no século XIX. Antes disso a primeira universidade europeia funcionavTeatro Anatômico - Bolonhaa no Palazzo Archiginnasio, perto da Piazza Maggiore, no coração da cidade. O palácio pertencente à Igreja tinha uma decoração exuberante, com cada centímetro de parede coberto com brasões, pinturas ou memoriais fúnebres de professores e alunos que por lá passaram. O edifício abrigava uma Biblioteca fantástica além de permPalazzo Archiginnasio - Bolonhaitir a visita a algumas das antigas salas de aula. As duas mais importantes eram a do Teatro Anatômico, toda forrada de painéis de madeira com estátuas dos antigos mestres e, pendurado no teto, o deus Apolo, que tinha como uma de suas atribuições a medicina. Uma arquibancada cercava a mesa de mármore onde eram realizadas aSala Stabat Mater - Bolonhas demonstrações aos estudantes. Na outra extremidade do prédio ficava a Aula Magna de Direito, chamada de Sala Stabat Mater, por ter sediado a primeira apresentação da obra homônima de Rossini. Como já estava ficando tarde e havia contemplado as demais portas do centro em oportunidade anterior iniciei a volta para o hotel.