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| Plakias - dom 18/jun/17 (121 fotos) | Mais fotos: | Álbum | Slide show | Vídeos |
Acordei às 6:00 h e a preguiça me dava vontade de continuar na cama até um pouco mais tarde. O ônibus só sairia às 9:00 h mas a nuvem esquisita que começava a cobrir o centro me deu coragem para deixar o quarto mais cedo do que o necessário. Assim saí às 7:00 h para aguardar no terminal, onde pelo menos estaria abrigado de eventual chuva. O céu não ameaçava tanto quanto imaginei inicialmente mas a cobertura tornou a caminhada de quinze minutos até a rodo
viária menos encalorada. Também não havia tanto movimento no terminal quanto no dia em que cheguei e pude rapidamente comprar o bilhete para Plakias (leia plaquiás). Essa seria mais um perna do ziguezague entre as costas norte e sul. O percurso de somente 30 quilometros deveria ser percorrido em menos de uma hora e já havia trocado mensagens com o proprietário do hotel falando de minha chegada prematura. Segundo ele, na pior das hipóteses, poderia largar
a bagagem em sua casa até o quarto estar arrumado. Acontece que os quartos estão sempre arrumados, com esse início vagaroso de temporada. Em cincoenta minutos o motorista estava me largando no entroncamento, um quilômetro e meio antes da cidade. Após menos de duzentos metros andando pela estrada no sentido contrário cheguei na porta dos Apartamentos Elena. Coincidentemente o dono, cujo nome não entendi, estava subindo a escada naquele momento e logo sin
alizou que estaria comigo em seguida para a regularização. Após me mostrar o quarto falou numa mistura de inglês e sinais que a máquina do cartão nem sempre funcionava e ele não entendia direito do assunto. Disse que não havia pressa no pagamento e poderia retirar o dinheiro num caixa eletrônico e acertar mais tarde. O quarto era ótimo com uma pequena área de cozinha e uma varanda além, claro, do indispensável banheiro privativo. Parecia que não teria pr
oblema com a internet que se mostrou excelente nos primeiros testes. Estava contando as moedas para subir com o valor quebrado exato quando uma batida na porta chamou minha atenção. Era o filho Elias dizendo que poderíamos tentar o débito. Fiquei constrangido de entrar na residência do simpático casal, que não parava de me oferecer coisas: café, água, suco... Tive que aceitar o chocolate e consegui recusar o segundo. A operação financeira não apresentou 
problema e pretendia sair logo para conhecer a região, em que as opções são restritas a praias e caminhadas. Planejava andar por várias enseadas e o acesso não parecia ser sempre muito fácil. As nuvens que me assustaram pela manhã e seguiram o ônibus na travessia das montanhas do centro da ilha se desfizeram quando atingi o destino e, às 11:00 h, estava pronto para descer dos 30 metros de altitude para o nível do mar pela rodovia não muito movimentada. L
ogo de cara mudei de ideia. Como teria que voltar ao centro no fim do dia para passar no supermercado decidi iniciar a caminhada para o lado oposto, indo para o ponto mais longínquo do itinerário planejado para o dia. O cálculo do mapa eletrônico apontava uma distância de oito quilômetros e meio para a praia de Preveli (leia préveli), perto da qual fica o mosteiro de mesmo nome. Quando estava imaginando a caminhada por esta parte da ilha pensava em ir de
uma praia para a seguinte por rotas com vista para o mar. Contudo essa opção pareceu arriscada no momento da definição in loco. Longos percursos e grandes desníveis não me assustam desde que as condições do solo sejam pelo menos razoáveis. Estrada de terra ou trilha com boa manutenção são alternativas possíveis, o problema é que só dá para saber da situação durante o passeio. Como essa parte da costa é muito acidentada, a rodovia corre paralela ao litor
al, porém dois ou três quilômetros para dentro e o acesso às praias é feito por estradas exclusivas. Isso significa que o caminho de ida tem que ser refeito na volta, incluindo as subidas e descidas, que sempre apresentam desnível ente 150 metros e 200 metros até o nível do mar. Não havia previsto essa limitação nos planos iniciais e o roteiro ficou exagerado para o início quase na hora do almoço. Assim percorri a rodovia asfaltada até a bifurcação que s
eguia por um ramal para o monastério e pelo outro descia para a praia. Pelo que havia lido a descida era bem íngreme, contudo, a verificação local mostrou que se tratava de uma escadaria perfeitamente encarável, com dezenas de pessoas enfrentando o desafio, inclusive com crianças no colo, dos degraus de pedra de fácil utilização. A praia de Preveli ficava na foz de um rio que atravessava, na parte final, uma das florestas de palmeiras, da mesma forma que
na praia de Vai, que visitei logo nos primeiros dias na ilha. A paisagem que se tinha do alto do penhasco era esplêndida mas achei que não valia a pena descer todos os degraus uma vez que pensava em, oportunamente, refazer o trajeto e continuar para as praias que surgiam na sequência. Desci até a primeira plataforma mirante para admirar a vista e até a segunda para verificar a condição do resto do caminho. Satisfeito com o que vi iniciei o retorno para 
a rodovia principal com o intuito de entrar em novo desvio, dessa vez para a praia de Skinaria (leia squinária). O tempo que essa visita tomou confirmou que não seria viável passar por todas as praias até Plakias hoje e, depois de subir numas pedras para obter visão mais abrangente da enseada, voltei pela mesma estrada a procura de um mercado no centro. Percebi que o hotel ficava bem isolado e tive que gastar 40 minutos de ida e volta para fazer as compras.