17/jul/22Calendário 19/jul/22


Paris-Brest - seg 18/jul/22 * 13,88 km * (72 fotos)Mais fotos:ÁlbumSlide showVídeos

Estação de trem de Montparnasse - ParisPor via das dúvidas, coloquei o despertador para as 6:00 h e acordei 15 min antes de ele me avisar. As mochilas já estavam arrumadas desde a noite anterior de modo que apenas tive que fechá-las. Saí do quarto às 6:30 h e, como não havia ninguém na recepção, larguei o cartão-chave no balcão. Depois de 2 min de chegar ao ponto apareceu o bonde. Isso resolveu minha preocupação de saber quando eles começam a circular. Estava cogitando de pegar um metrô para completar o trajeto e evitar 2 km carregado de mochilas e, para adiantar, comprei dois bilhetes. Não sei se apenas um seria suficiente. O percurso completo desde o hotel levoGirassóis a 300 km/h - Paris-Brestu 40 min. No final das contas foi bom ter pegado o metrô para o trecho final, apesar de serem apenas sete paradas. A estação de Montparnasse é enorme e devo ter andado quase um quilômetro para atravessar os diversos túneis com esteiras rolantes e escadas fixas subindo e descendo diversos lances. No saguão do terminal de trens ainda não havia sinal do de Brest portanto fui tratar do segundo assunto mais importante. Terrorizado pela mensagem da SNCF recebida ontem resolvi comprar dois litros de água por um preço meio absurdo. O cartão VTM foi aceito. A máquina pediu assinatura mas o vendedor não fez questão. Às 7:30 h surgiu Novo quarto - Bresto número do meu trem nos monitores de aviso e interpretei a informação de estar no horário como boa notícia. O número da plataforma, aparentemente, só é definido meia hora antes da partida. Teria pelo menos 90 min para aguardar. Encontrei alguns bancos numa área fedida, empoeirada e cheia de roncos dos dorminhocos, mas era muiro tempo para ficar carregado de pé. Um anúncio sonoro avisava do atraso na chegada de um trem devida à onda de calor. Ainda não consegui entender a relação. Como previsto, 30 min antes da partida o portão foi indicado. Normalmente, nos primeiros minutos após a definição, o volume de pessoas que se amonPara cima - Bresttoam junto aos leitores que liberam a catraca é gigantesco. Porém, como estava próximo ao local observando o embarque do trem vizinho, pude evitar o pior do tumulto. O aplicativo SNCF instalado no celular armazena as passagens e foi suficiente posicionar o código QR sobre o leitor. Como mágica, as portas se abriram e pude acessar a plataforma. A composição é formada por dois trens que, imagino, serão separados em algum local do percurso, já que vão para direções divergentes. Encontrei meu assento na coluna dos individualistas do segundo andar. O bagageiro superior é extremamente acanhado e a mochilona teve que viajar junto dPonte levadiça - Breste malas estranhas na parte frontal do carro. A pequena, com itens de necessidade imediata, me acompanhou junto aos pés. Poucos dos trinta lugares deste compartimento estavam vazios. A reserva com antecedência, além de obrigatória, parece prudente. Não quis comprar os demais trechos pela Internet em São Paulo por não estar familiarizado com o sistema e jogar dinheiro fora, no caso em que não funcionasse do jeito que eu imaginava, seria tolice. O próximo trajeto em três dias é feito com um trem local e frequente. Não deve haver problema. Os outros são TGV e têm primeira classe. Não é aconselhável abusar da procrastinação. A saCastelo - Brestída foi pontual. A comissária acabou de passar com o leitor pessoal e não fui rejeitado. Também não pediram o cartão de idoso. Deve estar na cara. Pelo jeito esse canto da França é ideal para usar o trem rápido a 300 km/h. Já dava para perceber desde o sobrevoo de Portugal. Na hora e meia até Rennes só havia fazendas com plantações de girassol, algum gado, campos arados e rolos de feno. E plano até o horizonte. E depois também. Só na última uma hora é que a paisagem virou mais florestal. O trem atrasou 10 min, mas provavelmente não teve relação com o terrorismo de onda de calor da SNCF. Como Brest é uma importante base navaRio Penfeld - Brestl francesa, havia muitos marinheiros no terminal. O caminho para o hotel é uma descida até o nível do mar. Aparentemente, a maior parte da cidade fica no alto, o que significa que, fora o calor, vou ter que enfrentar muitas subidas. Fui recepcionado por uma oriental simpática que me deu todas as informações e aceitou o cartão VTM. A máquina sempre fala em assinatura mas eles não pedem. O hotel é moderno, o quarto grande e a internet boa. A maior atração turística daqui é o aquário Oceanopolis. Os guias recomendam a aquisição do ingresso pwla reede, para evitar as filas. Tentei fazer isso duas vezes mas o cartão foi recusado.Rua Saint Malo - Brest Não pretendo usar o de crédito agora, portanto vou aparecer por lá e ver o que acontece. Após transferir os itens esssencias da mochilinha para o saco, saí para reconhecer a cidade às 15:20 h. Brest sofreu bastante durante a Segunda Guerra e pouca coisa sobrou. Logo na saída do hotel já apareceu uma escadaria. Do alto uma avenida chegava ao Castelo da cidade que abriga o Museu Naval. Para observar a paisagem a partir das muralhas era preciso pagar o ingresso e achei que havia chegado há muito pouco tempo para fazer uma visita tão imersiva. Resolvi deixar para outro dia e segui até a primeira ponte que atravessa o Rio PenfelMonumento aos Mortos - Brestd. Ela tem mecanismo para elevação mas está tão acima do rio que não parece ter muita utilidade. Ela substitui uma giratória que foi destruída durante a guerra. Está uma ventania de arrancar o chapéu, talvez seja ela que está trazendo o mau tempo dos dois próximos dias. A onda de calor tem sido usada como desculpa para muita coisa. Esta é a alegada motivação para o fechamento da bela Torre Tanguy, do outro lado do rio, não permitindo a visitação da exposição com parte da história de Brest. Passei então no Ateliê dos Capuchinhos, um antigo galpão para trabalhos pesados em maquinaria, transformado em centro de reunião de artePraça da Liberdade - Brestsãos. A parada seguinte foi na Rua Saint Malo, mistura de beco florido e psicodélico. Tentei caminhar até umas defesas voltadas para o interior, porém o lugar parecia mais uma matagal e eu não fui até o final. Voltei para o centro, atravessando a Praça da Liberdade, onde ficam o Teatro e um monumento para lembrar os mortos, com esguicho de água aos quais não pude resistir. As crianças entravam de corpo inteiro, eu apenas molhei os pés. É tudo culpa do canicule e por causa dele uma linha de ônibus no centro não está operando. No quarto tive uma surpresa desagradável com a rede Wi-Fi. Deu um bom trabalho transferir as fotos.