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Xaghra / Marsalforn - sáb 17/jun/23 * 20,77 km * (68 fotos)Mais fotos:ÁlbumSlide showVídeos

Cidadela - Xaghra - GozoA principal visita do dia seria à cidade de Xaghra (leia shaara) para conhecer as zonas arqueológicas. Saí do apartamento às 9:00 h e tive que enfrentar, logo de cara, uma íngreme ladeira. A vista, porém, era deslumbrante. O vento não estava tão intenso e o sol já ardia. Como acontecia muitas vezes, o mirante no topo ficava próximo a um cemitério, para que os mortos também pudessem desfrutar dos panoramas magníficos. Deve haver uma explicação geológCristo em Marsalforn - Xaghra - Gozoica para tantas das elevações de Gozo terem o formato característico de cone truncado. As laterais extremamente inclinadas conduzem a um cume totalmente plano. É nestas alturas que a maioria das cidades foi erigida. Após andar um pouco pelo centro da cidade, parei na primeira atração contemplada pelo ingresso de 30 dias. O moinho Ta Kola era um dos diversos abrangidos por um plano de reconstrução deste tipo de estrutura em todo o Mediterrâneo. A razSanto Antônio Abade - Xaghra - Gozoão para o nome era simples: o dono da propriedade era filho do Nikola. Um interessante museu em seu interior descreve a utilização e os produtos mais comuns, além de mostrar um coleção de implementos relativos à atividade. Foi somente nesta oportunidade que me dei conta da diferença entre moinhos de vento e os movidos por tração animal, ou mesmo pela água. Este exemplar incluía também as instalações para moradia do moleiro e família, em uma reconstiPraça central - Xaghra - Gozotuição do ambiente ocupado por estes importantes trabalhadores para a vida dos habitantes da vila. Era usado um sinal sonoro para avisar aos interessados de que o vento estava soprando adequadamente e o negócio estava pronto para abrir. Também achei bastante interessante a semelhança entre os itens usados, inclusive a nomenclatura, e o aparelhamento marítimo dos barcos à vela. Afinal, o princípio de propulsão era o mesmo. O outro atrativo da região Moinho de vento Ta Kola - Xaghra - Gozofoi o primeiro dos templos megalíticos de Gozo a ser inscrito na lista de patrimônios da UNESCO, em 1980. O monumento, chamado de Ggantija pelos locais, ou torre de gigantes, ficava numa grande reserva, com um moderno acesso construído após a bilheteria. Havia uma descrição inicial dos relatos de viajantes que, desde o séc. XVII, com o Iluminismo, se propunham a conhecer os principais centros do desenvolvimento cultural europeu. Era uma atividade esGrafiti do séc. XIX - Xaghra - Gozosencial para os aristocratas do tempo. A visitação era bem mais intensa do que nos demais lugares em que estive até então, o que atestava a importância atribuída pelos guias. O grupo de italianos que entrou na minha frente era bem barulhento e tive que aguardar até que encerrassem sua visita para ter mais tranquilidade na minha. Em relação aos anteriores que visitei, este parecia um amontoado mais organizado de pedras e era possível identificar com Baía em Ramla - Xaghra - Gozofacilidade os vários recintos. De repente os grandes grupos desapareceram e deu para aproveitar o espaço na companhia de poucos visitantes. Com o fim do passeio cultural, tinha intenção de descer até uma praia próxima. A baía de Ramla era muito bonita vista do alto e eu fiquei com receio de descer e não encontrar trilhas bem cuidadas ou públicas sobre os penhascos. O mapa eletrônico indicava possibilidade de passagem para a baía seguinte, que já conNicho do séc. XVIII - Ghasri - Gozohecia. Porém não dava para confiar muito nas informações bidimensionais oferecidas. Decidi não arriscar e peguei a via asfaltada até a vizinha Marsalforn. Continuei então pela fantástica rota paralela à costa norte com suas salinas, pela qual já havia passado anteriormente no sentido contrário. Fiz alguns pequenos desvios para não repetir completamente os trajetos já trilhados e cheguei no apartamento às 17:00 h, depois de tormar um sorvete duplo.