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Lisboa / Viena - qua 17/jul/24 * 10,89 km * (34 fotos)Mais fotos:ÁlbumSlide showVídeos

Caminho para o hotel - VienaApós mais uma noite mal dormida nos assentos gelados do saguão principal da área segura do aeroporto de Lisboa, subi às 5:00 h para tomar o café da manhã na sala VIP. Ao dar a volta por todo o corredor circular e acarpetado do segundo andar, percebi que poderia ter desfrutado de um sono melhor se tivesse optado por este espaço, mesmo que encolhido no chão para me aquecer. Desta vez não tive problema em ser admitido no recinto privilegiado. Além da farta e variada refeição, o lounge também oferecia ótima conexão com a internet, o que ajudou a colocar em dia as informações do diário. O espaço não era tão confortável, no entanto, mas consegui substituir a Coca-Cola por iogurte natural e suco de laranja. O portão da saída marcada para as 8:10 h só apareceria nas telas depois das 7:00 h. A definição recaiu sobre o mesmo local do voo de Paris em maio, quando aconteceu a confusão com a quase perda dos documentos. Desta vez me certifiquei duplamente de estar no lugar correto para evitar imprevistos. Observar que o avião estava bem cheio, com poucas cadeiras vagas aqui e ali, começava a se tornar lugar-comum. Minha vizinha aproveitou o vazio da ponta e foi dormir perto do corredor. Agora ficava especialmente importante entrar logo na aeronave para ter tempo de esconder as entranhas da mochila e guardá-la no bagageiro superior com mais segurança. A aeronave da Airbus, um A321 neo, padrão da TAP para viagens mais curtas, tinha configuração com três lugares de cada lado da passagem e os atendentes no portão estavam procurando candidatos a enviar seus pertences para o porão para economizar espaço, que não parecia faltar. A paisagem durante as três horas no ar não foi suficiente para me atrair o tempo todo e tirei alguns cochilos rápidos. Foi uma luta selvagem entre o sono reconfortante e a curiosidade geográfica. O pouso em Viena aconteceu às 12:30 h, 5 horas adiante de São Paulo, sob 28°C. Os pilotos da TAP gostam de parar longe das pontes rolantes. Foi só pousar e os ônibus começaram a aparecer. O percurso era mais curto que em Lisboa e a parada foi direto na entrada da sala das esteiras de bagagens, que não usava mais. A viagem sem despacho foi aprovada. Só faltava decidir como fazer com os itens vedados na inspeção. Pedi para a aeromoça uma escova de dentes e recebi duas, acompanhadas de mini-pastas. O desodorante poderia ser substituído por stick. Nunca viajei com remédios, mas achei, na última oportunidade, que a idade exigia algumas precauções. Não exigiria mais. O hidratante e o protetor foram inúteis no gelado verão francês, todavia, seriam importantes na nova etapa e demandavam aquisição urgente. As sobras, se houvessem, poderiam ser descartadas. Com as próximas travessias atlânticas esquematizafas, não teria mais ficar na dúvida se seria ou não na esteira fora do padrão. Depois de aparecer no setor de chegadas, desci a rampa e aguardei minha vez na pequena fila para compra da passagem do trem numa máquina automática. O processo foi bem fácil e intuitivo para quem sabia o que pedir. O trem sairia em 20 minutos e, obviamente chegou no horário. O vagão chique tinha Wifi e tomada, mas a viagem era curta demais para carregar tudo. Até separei o carregador para acesso mais fácil, sem imaginar que encontraria eletricidade no caminho. Em 30 minutos cheguei na estação mais próxima do centro e comecei a caminhar na direção do hotel. O céu estava bastante nublado, apesar de não fazer frio e logo me chamou a atenção um filtro público que também asperge vapor de água ao redor. O vento intenso espalhava as gotículas por todo lado. A rota definida pelo aplicativo passava pelas imediações de grande parte das atrações mais imperdíveis da cidade. Quando reparei que estava admirando demais as construções, decidi aumentar o passo, porque naquele ritmo não chegaria nunca no hotel. Dava vontade de entrar em cada rua. Havia três pessoas na minha frente fazendo o registro. A recepcionista Darien, ou algo semelhante, devia estar farta de repetir as mesmas instruções para cada hóspede. A partir das 7:30 h da manhã seria servido o café da manhã incluído no valor da diária. Imaginei fazer o circuito em torno do centro no dia inicial na cidade, porém estava muito cansado das duas noites pouco dormidas e decidi apenas conhecer a vizinhança e o mercado mais próximo. A região do alojamento não fazia parte do miolo de Viena, onde estavam os edifícios de aura imperial, havendo apenas prédios novos na redondeza. Sai às 17:00 h, mesmo com a bateria não totalmente carregada. O passeio seria curto. A distribuição dos bairros era sememlhante à de Paris, compondo uma espiral à medida que cresce o número do distrito. Quem copiou quem? Imagino que a ideia original seja da capital francesa, mais antiga cronologicamente. Porem isso é apenas suposição minha, sem suporte histórico ou urbanístico. A visita durou duas horas e tive um pouco de didiculdade de me situar, mesmo com a ajuda do mapa com GPS. A ventania dava impressão de trazer chuva. Ou seria apenas o meu trauma?