O destino era o mesmo mas fiz uma pequena variação no percurso. Como o hotel já fica nas alturas e eu tinha que atravessar o morro para chegar na costa dos rochedos, resolvi terminar a subida e entrar na trilha que percorre longitudinalmente a espinha do dedo separando as baías interna e externa. Saí do hotel às 8:00 h e encontrei um mirante na metade do caminho com vistas muito bonitas e que também permitiu observar a quantidade de nuvens que passeava pelo céu. Elas não pareciam ameaçadoras porém enfraqueciam bastante a força do sol e enevoavam todo o horizonte. Levei quase uma hora para completar o curto trajeto porque fiquei bastante tempo admirando as paisagens do topo e não me apressei para percorrer os rochedos em Fanari. Mais ou menos de repente, por volta das 11:00 h, um intenso nevoeiro começou a entrar pela baía externa. No início não dei muita importância mas logo começou a bater o desespero e achei melhor recolher as coisas e retornar ao menos para a rodovia asfaltada, na incerteza de o que aquilo significava e o que vinha por trás. A primeira proteção pública que encontrei foi o Farol redondo de São Teodoro e sentei nos degraus para aguardar por novos acontecimentos. O sol totalmente encoberto mal criava algum mormaço e o vento era intenso. Meia hora mais tarde o pescador foi embora, o que parecia indicar que o mar não estava para peixes. Ao meio-dia a outra costa da baía começou a ficar visível lentamente, contudo eu não considerei isso sinal suficiente para abandonar meu posto. Precisei de quinze minutos de ambiente se tornando gradualmente mais claro para me convencer a retornar aos rochedos. A limpeza não foi total como estava esperando porém o resto da tarde ainda teve bastante sol, apesar do horizonte encoberto. Pouco depois das 15:00 h, quando as nuvens já ocupavam grande parte do céu, retornei ao hotel pelo caminho longo, fazendo o contorno do dedo para não prejudicar tanto a quilometragem média diária. Mesmo assim cheguei bem cedo no apartamento.