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| Oslo / Bergen - dom 17/ago/25 * 10,23 km * (87 fotos) | Mais fotos: | Álbum | Slide show | Vídeos |
O despertador funcionou. Nas poucas vezes que usava o serviço sempre levantava antes. Hoje porém, acordei de madrugada, mas na hora determinada, só com a sacudida digital. Nas primeiras horas do dia, a temperatura era de 13°C e saí embrulhado em várias camadas. O meu vagão partiu com todos os lugares preenchidos para a viagem de sete horas até Bergen, do outro lado do país. Apesar da longa distância, o trem passava por vales cercados por montanhas imponentes cobertas de pinheiros, num pe
rcurso maravilhoso. O trem não era maravilhoso, com wifi e tomada indisponíveis, a despeito do preço. No meio da viagem percebi que estava sem o boné. Não lembrava de ter colocado nas mochilas. Era mais provável que continuasse pendurado no quarto. Quando saí de São Paulo, cheguei a pensar em trazer outro de reserva, mas achei que não seria necessário. Costumo ser cuidadoso ao deixar uma hospedagem, verificando várias vezes o banheiro e revirando os lençóis. Aparentemente não foi suficie
nte desta vez. O maquinista atravessou vários túneis longuíssimos e muitas proteções contra avalanches igualmente extensas que dificultavam a visão, apesar de transmitir sensação de segurança. O sol brilhou o tempo todo e atrapalhou bastante as fotos e vídeos com seus reflexos. O atraso de cinco minutos não foi suficiente para chegar no hotel no prazo. Tive que esperar uma hora para poder pagar em dinheiro vivo. Havia reservado um quarto na filial da mesma rede que fiquei em Oslo, o que
me deixava meio familiarizado com o local. O prédio estava cercado por tapumes e, inicialmente tentei abrir a porta da esquina. Até que percebi que era um bar fechado. A entrada ao lado dava direto na recepção automática. O funcionamento era muito simples para quem fosse pagar com crédito. Era só digitar o número da reserva, passar o cartão e pegar a chave que aparecia na fenda. Tudo sem falar com ninguém. Para dinheiro tinha que chamar um atendente. Só que antes das 15:00 h não funciona
va. Esperei alguém sair para passar pela porta antes de ela fechar e sentei numa sala de estar confortável. Dava para acessar a internet que, como na capital, não tinha senha. Quando passou uma recepcionista expliquei o modo de pagamento que queria usar e ela mandou esperar. Argumentei que havia visto um japonês passar o cartão na máquina e subir direto. Ela disse que tinha check-in antecipado. Não convenceu. Com outros três japoneses aconteceu a mesma coisa e foram rapidamente para o el
evador. Conferi na reserva e existia, sim, registro antecipado. Culpa minha de não ler as letras pequenas. Contudo, achava que só funcionaria para cartão. Finalmente subi para um quarto bem maior do que o caixote de Oslo. Com cama de casal, que implicava em dois edredons e duas toalhas no banheiro. Logo tive que descer para reclamar. Não dava para desligar o ar-condicionado e não conseguia abrir a porta da recepção quando fui pelas escadas. No primeiro caso, como era central, só ela podi
a mexer pelo computador. Pedi para deixar em 26°C, mas o mostrador continuava apontando três graus abaixo quando voltei para o quarto. O segundo problema não era problema. Era apenas falta de atenção em reparar no enorme botão retangular do lado do batente. Tive que voltar ao térreo para falar do cheiro de esgoto no banheiro. Dessa vez ela subiu com um produto e regulou alguma coisa. Disse para chamar de novo se não melhorasse. Saí às 17:00 h para comprar um novo boné e passar no superme
rcado. Quando percebi que tudo estava fechado, lembrei que era domingo. Já que estava na rua resolvi partir para o reconhecimento. Depois do porto, que era a atração mais famosa, iniciei uma caminhada pelas ruas e parques da região, passando pela Igreja Nova e o Mercado de Peixe, além da praça com lago que havia atravessado na saída do terminal. Bergen era a cidade do compositor Edvard Grieg e a sala de concertos da cidade levava seu sobrenome. Voltei para o hotel penando com o vento gelado.