16/ago/18

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18/ago/18

Com a previsão otimista da página meteorológica e a vista de um céu sem nuvens pela janela estava pronto para mais uma tentativa de estancar a queda da quilometragem média ocorrida a partir do estacionamento por quatro dias na praia de Gythio. Não consegui sair muito antes das 8:00 h com receio de enfrentar o caminho que havia planejado. Para chegar às praias escolhidas teria que pegar a estrada para o interior e apenas após duas horas andando é que o percurso começou a ficar interessante. Depois de percorrer vários quilômetros da inóspita rodovia, que entra em Nafplio por uma ponta e sai pela outra, fiz o desvio para a estrada que segue mais ou menos paralela à costa. A aproximação da água só ocorreu, no entanto, perto das 10:30 h, quando cheguei na cidade de Drepano (leia drépano) em que existe uma bela lagoa que se comunica com o mar. Mas foi um pouco à frente que surgiu a espetacular baía de Vivari (leia vivári), para onde deságua a lagoa. A costa bastante arredondada, com uma estreita passagem para o oceano, proporcionou panoramas magníficos do balneário e suas praias centrais no fundo da baía, o farol numa extremidade da entrada e, na outra, uma fortaleza protetora. Passei quase uma hora andando devagar e apreciando a formosa região. Meu objetivo imediato era a praia de Kondili (leia condíli) na parte interna da angra. Contudo, como ainda estava cedo, resolvi esticar alguns quilômetros até a praia de Kantia (leia cândia), que fica do lado de fora, contemplando o mar aberto e algumas ilhas. Claro que uma paisagem tão magnífica implica em ser cercada por morros para definir o belo contorno e precisei encarar algumas subidas fortes para continuar o caminho. As duas praias tinham características semelhantes. A parte organizada, com bares e barracas, além de muita gente tem chão de areia. Já a ponta mais afastada, onde poucos se aventuram, é forrada por seixos e muito mais tranquila. Kantia foi eleita a favorita do dia e se o hotel não ficasse do outro lado do mundo, poderia passar algumas horas ao sol. Na situação em que me encontrava tive que abandonar o local às 13:00 h e iniciar o retorno. No alto do morro entrei no desvio para Kondili, porém não cheguei a descer tudo. Me dei por satisfeito com as vistas fabulosas de cima andando somente até as primeiras curvas apertadas. Mesmo assim gastei quase uma hora entre uma praia e outra. Às 14:30 h sentei num banco do pátio da igreja de Vivari para descansar e aproveitei a torneira próxima para trocar a água choca das garrafas meio cheias. Custei um pouco para tomar coragem e levantar para enfrentar a parte chata do percurso pelas rodovias barulhentas até Nafplio. Andando pelas ruas da cidade para entrar no supermercado pelo qual passei ontem e que tinha produtos de marca própria bem em conta, passei por outra loja mais próxima e troquei a economia pela comodidade. Deixar de andar 300 metros no final de um dia cheio faz toda a diferença.