15/jun/24Calendário 17/jun/24


Bordeaux/ Sarlat - dom 16/jun/24 * 7,08 km * (55 fotos)Mais fotos:ÁlbumSlide showVídeos

Caminho para o centro - SarlatEnquanto permanecia deitado, pensava em como o céu continuava feio. No entanto, ao levantar às 8:30 h, percebi que ele não estava muito pior do que ontem, inclusive com alguns pontos de azul. Não considerei isso motivo para sair menos vestido e fui para a estação preparado para o frio. Pretendia fazer uma viagem até a cidade medieval de Sarlat-la-Canéda (leia sarlá), mais um vila com sobrenome. Já havia estudado as tabelas de horários e o mais conveniente partiria pouco antes das 10:00 h para um trajeto de duas horas. Deixei o quarto com tempo suficiente para adquirir os bilhetes de idPraça da Catedral - Sarlata e volta na própria estação. Calculava que esta compra fosse suficiente para justificar o investimento no cartão de descontos. A previsão meteorológica não estava muito animadora, porém era o que tinha. Foi uma viagem bem cansativa, por entre vinhedos, campos e florestas entediantes e muitas paradas intermediárias. A linha férrea acompanhava partes do Rio Dordonha que, após Bordeaux, se juntava ao Garonne para formar um enorme estuário e desaguar no Oceano Atlântico. O tempo não piorou, mas também não melhorou. Estava pensando em fazer uma visita relâmpago, porque a ligação que havia Catedral - Sarlatescolhido chegaria em Bordeaux perto de escurecer. O serviço anterior sairia três horas antes, porém eu ficaria com apenas três horas para o passeio, sendo uma hora gasta no deslocamento entre o terminal e o centro. Ao chegar percebi que o trem que pretendia usar para sair mais cedo não trafegava, talvez por ser domingo, e tive que me ater ao itinerário original. Em compensação, o sol começou a aparecer. Tive que iniciar o lento processo de remoção das camadas e fiquei muito curioso sobre a máquina de pizza que encontrei logo a seguir. Existe a opção inclusive de ela sair quente pela fCentro medieval - Sarlatenda de entrega. A adorável cidade de Sarlat, com suas ruas tortuosas e de fachadas exuberantes, atraía muitos visitantes e, por vezes, era difícil de se desvencilhar do emaranhado de gente, especialmente nos locais mais turísticos. Essa região era a principal produtora francesa de fois gras, o abjeto patê de fígado do ganso. Não vi nenhum protesto, contudo, nem de ambientalistas e nem de protetores dos animais. Talvez a renda supere o mal estar. Aos primeiros acordes não pude evitar o retorno à Catedral. Parece que uma aula ou demonstração de órgão estava em andamento. Era o tipo de oPassagem no centro - Sarlatcasião que não dava vontade de perder. Nos fundos da Igreja havia um pequeno jardim com um monumento único na França, a Lanterna dos Mortos, do séc. XII. Comecei o caminho de volta para o terminal às 15:00 h, com bastante antecedência para pegar o trem dali a três horas. Não pude evitar a curiosidade e verificar como funcionava a máquina automática de pizza. Selecionei uma Rainha, com cogumelos, azeitonas, queijo e presunto, com acréscimo de € 0,50 para vir quente. Maravilhado, fui sentar em um banco do estacionamento ao lado. Dava para sentir o cheiro enquanto ela estava sendo preparaMemorial da Segunda Guerra - Sarlatda. Com massa fina, tive dificuldade em pegar os pedaços, que não vieram bem cortados e faltou o guardanapo. Só deu para comer a metade e levei o resto para o trem. Com tanto tempo de espera daria para comer 3 pizzas. Eu só tinha uma metade, que acabou rápido. Às 16:00 h um trem chegou de Bordeaux e ficou parado. Toquei a campainha para chamar a vendedora e perguntar se já poderia entrar. Ela olhou pela porta de vidro e disse que haviam trancado as entradas. Teria que aguardar na sala de espera até o prazo determinado. A volta foi ainda mais cansativa do que a ida. No meio do caminho eLanterna dos Mortos, séc. XII - Sarlatntraram dois amigos que ocuparam os assentos a minha frente e não pararam de falar um minuto sequer. Nao consegui identificar a língua que estavam falando. Parecia um hebraico estranho. Aquilo não poderia ser francês e, pela fisionomia, eles pareciam ser da Ásia Central. Pretendia fazer as transmissões no terminal de Bordeaux, sem verificar muito a correção das informações. Estava muito cansado para me preocupar com os pequenos detalhes. As imagens dos vídeos teriam que esperar até amanhã. Sua preparação requeria um pouco mais de paciência e era muita coisa para fazer fora do quarto.