Apesar de ontem ter sido pronunciado Dia do Intervalo, a jornada foi bastante produtiva. A costa norte da Ilha de Gozo é muito fotogênica e a visita foi a mais atraente até agora. Antes de sair da cidade para novo passeio, voltei à Cidadela para conhecer os museus incluídos no bilhete válido por 30 dias. São instituições pequenas, porém informativas. Primeiramente entrei no Museu de Arqueologia, que contava a história do desenvolvimento de Gozo, desde a era das cavernas e do período dos templos megalíticos, chegando até as colonizações fenícia e romana, com uma sala dedicada aos naufrágios, além da presença muçulmana,. O Museu do Folclore, instalado em uma casa aristocrática do séc. XV mostrava, através de móveis e utensílios, o estilo de vida de uma família abastada da época. A casa pertenceu a Bernardo deOpuo, que sacrificou sua família para evitar que fossem escravizados pelos turcos na invasão de 1551. A terceira instituição, o Museu da Natureza, guardava coleções de geologia, vida marinha, entomologia, evolução e animais terrestres e aéreos. Finalmente, a Antiga Prisão discorria sobre indivíduos exilados desde a Idade Antiga e aprisionamento de membros da Ordem dos Cavaleiros, inclusive o fundador de Valeta, por ataque a um cidadão. Um dos crimes mais frequentes eram os duelos. Muitos prisioneiros eram condenados a trabalhos forçados. A manhã toda foi de vento intenso e muito frio. As poucas aparições do sol serviam para diminuir a tremedeira. Subi a exigente via para a cidade de Zebbug e logo no princípio encontrei um cemitério. Pouco à frente, o local mais lúgubre em que estive até agora foi um abrigo antiaéreo. Um corredor estreito, baixo e totalmente escuro, que não me deu coragem de explorar muito, mesmo com o auxílio da lanterna do celular. As vistas do litoral e dos penhascos eram bem mais agradáveis Voltei para o nível do mar e, se não fosse pela ventania, teria ficado um pouco na praia de Marsalforn.