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São Paulo / Lisboa - ter 16/jul/24 * 12,34 km * (82 fotos)Mais fotos:ÁlbumSlide showVídeos

Plataforma na Estação da Luz - São PauloA decolagem no início da madrugada fez com que eu decidisse sair de casa quase doze horas antes, no dia anterior, devido à minha ansiedade e resistência a caminhadas noturnas. Cheguei na Estação da Luz às 12:30 h, em tempo de pegar o trem que deveria sair dentro de meia hora da Barra Funda. Achava que o Aeromóvel só seria inaugurado na época da eleição e, de fato, tive que entrar num ônibus lotado para percorrer os três quilômetros até o terminal internacional. Como esperado, ao me aproximar às 14:00 h do balcão da TAP, não pude registrar a bagagem, que ficou com 3,5 e 5,5 kg. A abertura para o voo do início da manhã só aconteceria depois das 20:00 h. Tomei uma resolução drástica! Confiando nas dimensões reduzidas da mochilona, decidi me livrar dos itens proibidos e passar direto pela inspeção e imigração, sem despachar a bagagem. Já havia recebido o cartão de embarque por e-mail, depois de ter feito o check-in pelo computador em casa. Joguei fora a pasta de dente, oTrem para o aeroporto - São Paulo desodorante, o anti-inflamatório, o creme hidratante e o protetor solar. Percebi posteriormente que a escova de dentes, que compartilhava a caixa do dentifrício, também foi para o lixo. Ganhei 700 g e o peso total das duas peças desceu para 8 kg. Imaginava que o tamanho da mochila maior não fosse impeditivo para entrar no avião, já que os passageiros costumavam abordar com malas enormes. Na pior das hipóteses eles iriam vetar e enviar para o porão. O pensamento por trás da ideia genial de viajar sem bagagem era, principalmente passar as dez horas restantes na sala VIP, mais confortável e desimpedida que a sala de espera normal. Descobri que viajantes da Star Alliance, da qual a TAP era participante, podiam acessar a sala do Banco Safra. Apresentei os documentos e fiquei sabendo que, como o meu voo não era de conexão, a utilização era limitada ao máximo de quatro horas antes do embarque. Segui para o lounge da MasterCard, onde a mesma regra se aplicava. Lá, contudo, Saguão do aeroporto - São Paulopoderia entrar um pouco mais cedo porque eles fechavam às 23:30 h. De qualquer forma, ainda restavam três horas, pelas quais tive que aguardar ao lado de uma tomada, ouvindo as conversas telefônicas incômodas dos vizinhos. A educação dos usuários das salas especiais, no entanto, não autorizava imaginar que o mesmo problema deixasse de ocorrer em uma delas. A mensagem sonora de um voo anterior para Lisboa solicitava que todas as malas de rodinhas de uma faixa de passageiros deveria ir para a área de carga devido à ocupação total da aeronave. Creio que a minha condição Silver estivesse isenta de tal resolução. Além de não ter rodinhas. Quando havia passado o tempo necessário, fui para a sala VIP do cartão Black. Estava lotada e tive que esperar alguns minutos na fila para entrar. Parecia que eu havia escolhido justamente o horário de maior movimento, quando os únicos locais livres ficavam nos bancos altos de cara para as janelas do fundo. Depois de 30 minutos, vagaram Litoral português - Lisboaalgumas poltronas mais aconchegantes, para onde pude transferir as mochilas e aguardar até o horário de procurar o portão de embarque às 23:00 h. Essas salas transmitiam uma sensação de poder, com suas ofertas de comida e bebida à vontade, mas o que realmente fazia a diferença era o conforto, apesar da lotação e barulho. Achava que elas já deviam ter sido bem mais exclusivas. Atualmente, qualquer um com cartão de crédito razoável poderia frequentar. Enquanto aguardava, iniciei a tentativa de transmissão dos dados para o provedor. Por um equívoco na configuração da página da viagem em São Paulo, esqueci de cadastrar o dia 15, anterior ao início do itinerário. Com isto, creio que seria obrigado a juntar o dia anterior e o inicial num mesmo texto, com as fotos e vídeos das respectivas datas na mesma tela. Isto era apenas cogitação e teria que desenvolver melhor a ideia quando tivesse todas as informações necessárias assim que chegasse em Lisboa. No meu voo não houve ameEm direção ao Parque das Nações - Lisboaaça de vetar as rodinhas, apesar de que a lotação também estivesse completa. O embarque na aeronave da Airbus A330 neo foi simples como das outras vezes. No entanto, o meu privilégio de entrar no início era sempre compensando por ter que furar a fila dos normais para chegar ao meu assento no fundo. Como fui dos primeiros a entrar, tive tempo de esconder as alças, barrigueiras e fitas da mochilona com a capa que as cobria, de forma a não atrapalhar as demais malas e proteger a minha. Pela primeira vez usei o bagageiro superior. A pequena, como sempre, viajou ao lado das minhas pernas. Minha vizinha Eliana, brasileira moradora de Fátima há 30 anos, parecia bastante faladora. Felizmente havia trazido uma grande quantidade de livros e se ateve à leitura depois de uma detalhada apresentação nos primeiros minutos da chegada à poltrona. A luz direcional ficou acesa por longo tempo, porém isto não incomodava. Muito melhor do que conversa. A refeição principal foi oferecida uEstação Oriente - Lisboam pouco mais cedo e após 90 minutos de voo o serviço estava encerrado. Pude escolher entre as duas opções, ficando com a carne. Contudo achava que a massa talvez tivesse sido melhor companhia para os talheres de madeira. Minha cadeira ficava justamente entre duas janelas, posição ótima para recostar a cabeça na coluna entre elas. Entretanto, isso só valia para o encosto na vertical. Na posição inclinada parecia que o assento da frente levava vantagem neste quesito. Pude passar boa parte do voo dormilando, mesmo sem utilizar o encosto de cabeça improvisado na coluna entre as duas janelas. Duas horas antes do pouso, foi servido o lanche matinal, minha refeição preferida. Foi simples, com uma pequena salada de fruta e baguete com presunto. Estava dividido entre duas opiniões contraditórias sobre a Coca-Cola. Por um lado acreditava em sua propriedade de desentupidora de tubulação. Por outro, sentia os efeitos do gás contribuindo para a revolta nas entranhas. Ciente do pOceanário no Parque das Nações - Lisboaoder maléfico da bebida, fiz um pacto pela diminuição no seu consumo, que já havia quebrado no próprio primeiro dia. O pouso ocorreu normalmente às 14:30 h, quatro horas à frente de São Paulo, sob 25°C num dia ensolarado. O piloto estacionou no meio da pista novamente e os ônibus já estavam prontos para o transporte. Meia hora para sair do avião e 10 minutos passeando de ônibus pelo aeroporto levaram até o terminal para imigração. Não estava muito movimentado, mas não poderia deixar de usar o passaporte português. Desta vez entrei na fila dos com chip, que me direcionou aos portais automáticos e não precisei falar com nenhum funcionário. Em alguns segundos estava em território português. Com 12 horas em São Paulo e 18 horas em Lisboa, esta viagem seria marcada pelas longas esperas nos terminais aéreos, que também incluíam noites de semi-vigília. Na volta teria que passar pelo mesmo processo, aguardando o segundo voo marcado para o dia seguinte. Teria tempo suficienteLago das Tágides no Parque das Nações - Lisboa, tanto na ida quanto no retorno, de passar algumas horas passeando pela capital portuguesa. No entanto, esta possibilidade estava quase descartada, após ter decidido carregar toda a bagagem comigo. Talvez encontrasse algum depósito para o item maior, porém não tinha vontade de me deslocar no calor com tempo determinado. As salas VIP teriam que colaborar. Não colaboraram. Após a imigração, entrei na fila dos voos domésticos. A partir daí tudo começou a conspirar, não sei se a favor ou contra, ou a favor ou contra do que. Como ainda faltavam mais de 13 horas para o voo seguinte, o segurança não me deixou passar. Perguntei o que fazer e ele disse que por ali eu não passava, indicando um caminho a seguir que me levou às esteiras de bagagem, que não utilizaria, e ao saguão do setor de chegadas. Estava fora do aeroporto e, sem desejar, em Lisboa. Sem saber ao certo o que fazer, procurei o balcão de informações para saber se existia algum depósito de malas. O atendente apoTorre Vasco da Gama - Lisboantou mais ou menos o caminho e, após nova indagação, fui direcionado para o meio do estacionamento onde ficavam os inúmeros cacifos automáticos. Passei bom tempo imaginando o que poderia deixar e o que deveria levar no passeio forçado e montei o saco com carregador, documentos, dinheiro, alguns petiscos e duas garrafas de coca que havia pegado na sala VIP de São Paulo e que juntei num frasco de metal, presente de um dos clubes de literatura. Encontrei um armário pequeno vazio, porém grande o suficiente quase para eu entrar. As duas mochilas couberam com folga. Um processo muito rapido e eficiente descontou € 3,00 do cartão VTM e imprimiu um tíquete com a senha para retirada em três horas. O tempo era justo para eu poder entrar novamente na imigração às 19:00 h, como explicado pelo guarda. Havia pegado um mapa oficial de cortesia da cidade no quiosque de informações turísticas, porém não pretendia utilizá-lo. Se necessitasse tinha o meu próprio guia no celular. Do estJardim no Parque das Nações - Lisboaacionamento era visível parte da área que sediou a Feira Internacional em 1998. Já havia estado lá algumas vezes, no entanto, achei que valia a pena rever. Já até considerava ultrapassar as três horas e pagar um suplemento para a guarda da bagagem. Pretendia verificar o preço adicional, todavia, no último minuto, esqueci. Voltei ao terminal porque reparei que o mapa de Lisboa não estava mais carregado e pretendia usar o Wifi gratuito para atualizar o aplicativo. A rede estava muito lenta e decidi não perder tempo. Peguei a avenida reta na frente do terminal que seguia em direção ao Parque das Nações, região reabilitada para abrigar os eventos e recintos da Feira. Talvez Lisboa já tenha sido uma cidade melhor, mas continua extremamente convidativa e respeitosa. Na curta caminhada até o Rio Tejo, sempre tive prioridade na passagem pelas faixas de pedestres. Eu me esforcei para respeitar os semáforos vermelhos, porém nem todos o faziam. Parecia que esta preocupação não Jardim no Parque das Nações - Lisboafazia parte da lista de prioridades dos cidadãos. O parque na margem do rio era gigantesco e, apesar da Idade e de ser dia de semana, tinha certo movimento. Era uma área bastante turística, sede de diversos pavilhões e atrações usadas há quase trinta anos e ainda pujante. Ao lado da Estação de trem Oriente, do arquiteto Calatrava, os grandes atrativos eram o Aquário, a Torre Vasco da Gama, o Teleférico e a Arena que iria sediar o show do Roberto Carlos em outubro. Vários jardins tranquilos permeavam as instalações e diversos restaurantes atraiam os visitantes. Não estava completamente preparado para o inesperado passeio, antes de realmente iniciar o itinerário planejado e tendo sido quase empurrado pelas circunstâncias. Apesar delas, a tarde foi totalmente agradável. Voltei para o aeroporto para retirar a bagagem do depósito e tive alguma dificuldade com o sistema, cujo motivo não entendi. Da primeira vez que inseri a senha na máquina, ela falou que eu devia € 6,00. Centro Vasco da Gama - LisboaApresentei o cartão e, aparentemente, nada aconteceu. Era de se esperar que a porta tivesse aberto automaticamente. Não havia ninguém para quem pedir informação e decidi repetir a tentativa. Aproximei o cartão novamente e a porta abriu como esperava. Fiquei com receio que tivesse sido cobrado duplamente, porém o aplicativo de extrato do VTM mostrava apenas dois valores. O original e o suplemento. Devo ter feito algo errado na primeira vez. Creio que a segunda parcela era para o total de 24 horas, sendo que eu havia ultrapassado o prazo em pouco mais de meia hora. Se tivesse lembrado de verificar a hora extra antes do passeio, poderia ter apressado o passo para economizar o adicional. Retirei os itens do saco e devolvi cada um para sua respectiva mochila e segui para a imigração. O prazo apresentado pelo guarda da hora do almoço era de 19:00 h e eram quase 20:00 h. Fui confiante apresentar o cartão de embarque, mas a máquina não aceitou. A nova informação era de que eEstação Oriente - Lisboau só poderia acessar a área segura 12 horas antes e não 13 horas, como havia sido informado inicialmente. Aguardei os poucos minutos na frente do funcionário e no horário determinado ele liberou a minha passagem, dizendo que eu tinha direito à fila rápida, porém poderia arriscar a normal que não apresentava movimento, segundo ele. Mais uma informação distorcida. Vendo a quantidade de pessoas desci novamente perguntando pela fila especial. Foi bem mais rápido e passei por uma inspeção detalhada. Tive que mostrar até as pernas da bermuda que estavam no bolso. Resolvida esta etapa, subi a escada rolante para acessar a sala VIP. Novo empecilho. O meu bilhete só permitia uso das instalações depois de 5:00 h da manha, três horas antes do embarque. Voltei para o saguão, encontrei uma tomada funcionando e tive um pouco de dor da cabeça para transmitir os dados. Depois de um período, como a quantidade de pessoas diminui significativamente, a transferência foi completada.