A transferência de hoje sai um pouco mais cedo mas, ainda assim, o dia fica meio perdido. O barco veloz para Dubrovnik (leia dubróvinique), no continente, parte às 10:10 h e a viagem deve durar perto de duas horas. Tive alguma dificuldade para fazer a reserva de uma hospedagem na Pérola do Adriático, como também é conhecido meu próximo destino. Junto com todas as outras fiz o procedimento normal em São Paulo. Há alguns dias, no entanto, recebi uma mensagem dizendo que não houve possibilidade de cobrança no cartão VTM. Fiz a alteração para o cartão de crédito e, novamente, após alguns dias, diziam que o pagamento não havia sido aceito e a reserva foi sumariamente cancelada. Meio desesperado, quando cheguei em Korcula procurei outra pousada e refiz o processo, dessa vez por um preço quase duas vezes maior. Não adiantou. Outra comunicação falava da dificuldade com o débito. Notei então que nas duas oportunidades quem estaria recebendo o valor seria o Booking, já que as pensões não processam a contabilidade por si próprias. Escolhi o terceiro hotel, dessa vez atentando para o fato de ter que desembolsar o montante no momento do registro ao chegar à hospedaria, diretamente com o proprietário. A segunda reserva ainda não havia sido cancelada com o prazo de cadastramento de nova forma de pagamento vencendo na hora do almoço. Como não pretendia fazer a troca assumi que ela também seria cancelada, conforme avisava o e-mail recebido. E essa era a situação ao deixar a última ilha da visita à Croácia. Desci para o porto às 9:00 h e fiquei um pouco ansioso porque já havia um catamarã estacionado. Foi só depois de uma passageira da fila me responder que ia no sentido contrário que reparei que era de outra companhia. O vento estava muito forte e frio, com algumas nuvens dispersas, mais um motivo para apreensão, já que eles costumam cancelar algumas travessias quando as condições marítimas não são adequadas. Quando eu cheguei não havia fila e eu escolhi uma sombra menos ventosa para aguardar, mas as pessoas começaram a se juntar no ponto de embarque e eu achei melhor guardar um lugar para não ficar muito para trás. É claro que o esperto ficou na fila errada e foi o último a embarcar no navio lotado. Fiquei numa poltrona do corredor de uma das colunas do meio da nave, no andar de baixo. Com o atraso de vinte minutos, outros dez minutos para pegar a bagagem e deixar a embarcação e mais meia hora para caminhar os dois quilômetros com uma pequena subida até o hotel cheguei às 13:00 h. A abertura oficial, como em geral, era uma hora mais tarde e o portão estava trancado. O muro baixo permitiu que visse a faxineira passando o aspirador em um dos quartos. Ela estava tão entretida na tarefa que demorou um pouco para chamar sua atenção. Quando falei que tinha reserva a Stela, de origem italiana, me deixou entrar e ligou para o chefe Tycho (leia tírro). Enquanto aguardava entrei na internet, tanto para verificar a boa qualidade da conexão como pela ansiedade de saber o que havia acontecido com a minha segunda reserva na cidade. Felizmente já havia chegado a confirmação do cancelamento, apesar de também ter recebido uma mensagem dos donos dizendo que me aguardavam. Como isso me deixou confuso mandei uma resposta explicando a situação e me desculpando por ter achado outro lugar. O preço é bem mais camarada mas é a diária mais alta que estou pagando nessa temporada. O apartamento é pequeno com uma cozinha compacta na entrada com uma boa geladeira e uma mesa. Parece ter sido uma escolha bastante satisfatória, afinal. E o supermercado fica do outro lado da rua. Fica mais perto do centro histórico do que as outras duas mas, mesmo assim, tem que andar um quilômetro e meio para entrar nas muralhas. Antes de sair ainda deu tempo de receber uma resposta mal-criada do senhorio insatisfeito e irritado. Pensei em responder a resposta mal-criada com outra resposta mal-criada, porém resolvi esquecer o assunto. Deixei o hotel às 14:30 h com céu aberto e fui subindo para um mirante a fim de admirar o centro histórico do alto, após o que desci os trezentos e pouco degraus para o nível do mar. Pretendia visitar o centro com mais calma numa oportunidade futura, no entanto, precisava passar no escritório de informações turísticas, do lado de fora do portão principal, para emitir o cartão de sete dias para visitas às atrações que havia comprado pela rede em São Paulo. Também queria verificar as informações sobre o táxi aquático para a ilha Lokrum que parte do porto velho. Para isso tinha que atravessar a totalidade da rua principal. Não podia esperar outra coisa. A cidade está lotada de visitantes e às vezas é difícil caminhar no meio de tanta gente. A internet é ótima e o banheiro minúsculo, para combinar com a toalha.