13/jun/23

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15/jun/23

Hoje bateu a preguiça de novo. Após a esticada inicial às 6:30 h, voltei para a cama. Ontem à noite já havia montado uma estimativa de roteiro e só faltava acordar definitivamente. A previsão de possibilidade de chuva até 11:00 h não animou. Saí às 9:15 h, com céu parcialmente nublado, porém sem sinais de preocupação. A parte inicial do roteiro consistia de uma descida para o mar, mais ou menos paralela à de ontem para Xlendi. A primeira visita foi para reencontrar as decorações cenográficas do Jardim Villa Rundle e, em seguida, entrei em um viveiro de plantas, agradável e tranquilo, com muita água. Atravessei a vila de Santa Lucija e reparei que esta parte da ilha é bem mais rural, cheia de campos para plantações e com muitos implementos agrícolas. Achei estranho o intenso tráfego de caminhões e betoneiras. Comecei a enxergar a imensidão azul e identifiquei o balneário em que estive ontem, além dos majestosos penhascos a sua volta. Logo surgiu um grande vale que deveria me levar para o destino inicial da visita. Contudo, de forma mais intensa do que ontem, todos os trajetos por que optava conduziam a retrocesso. Fui e voltei diversas vezes tentando me aproximar da água, mas sempre aparecia um empecilho. Ou o muro de uma propriedade particular ou um vale intransponível, tudo impedia minha passagem. Finalmente encontrei uma rota sobre o penhasco, que quase me levou ao objetivo. E mais uma vez fui frustrado. Tive que retornar os vários quilômetros percorridos porém, pelo menos, havia conseguido avistar a baía que estava procurando. Na tentativa seguinte entendi porque tanto movimento de tráfego pesado. Existiam várias pedreiras e portos a areia na região e os veículos transportavam o material para as construções em diversos pontos da ilha. Foi só então que percebi que os locais por onde passava não me levariam a lugar algum. A mania de buscar vias mais alternativas se mostrou contraprodutiva. Se quisesse atingir o outro lado da ravina teria que andar pelas ruas normais, asfaltadas, barulhentas e com trânsito. Foi assim que consegui chegar à bela baía de Dwejra, protegida contra ataques piratas pela construção de uma torre de defesa em 1652 pelo grão-mestre Lascaris. Atualmente são apenas as hordas de turistas em seus ônibus e com seus guias que infestavam a área. E os visitantes escolhiam este ponto de atração não só pelas belezas paisagísticas mas também para usufruir do Mar Interno, um corpo de água ligado ao oceano através de cavernas, que podiam ser atravessadas em lanchas de passeio contratadas no local. Outra atração muito porcurada até poucos anos atrás, a Janela Azul, um arco natural de pedra, foi vitima de desabamento causado pela erosão das águas e instabilidade estrutural. Com todo o tempo gasto procurando uma forma de atingir o primeiro objetivo, ficou claro que ele seria o único tema do dia. Resolvi adiar as demais visitas, tanto por fadiga, quanto pelo horário avançado.