A excelente previsão climática e o acúmulo do cansaço de ontem não deixavam dúvida quanto à atividade do dia. A única opção era a praia, com três alternativas. A central, cercada de belos penhascos esburacados e cheia de gente, era a menos atraente. Na sequência e com menor prioridade aparecia uma das seções banhadas pelas águas do Golfo de Messara, provavelmente a mais próxima, que era Kommos. Porém a escolha inevitável recaía para o outro lado. A visita semi-frustrada da Praia Vermelha no primeiro dia, enquanto aguardava o surgimento do Cosmos para me registrar era o destino óbvio. Também ladeada por penhascos e acessível apenas pela trilha, o que a tornava menos procurada que as demais, tinha como único inconveniente, até onde sabia, a falta de rochedos onde me esticar. A descoberta da rota menos exigente, saindo do pequeno centro foi a escolhida e deixei o hotel às 8:00 h. Depois de andar brevemente pelas duas ruas comerciais, que ainda estavam praticamente desertas, iniciei a subida da colina com passo decidido. O passo mudou para cauteloso depois do mirante no topo e início da descida. Procurei a rota com menos pedra solta e de menor inclinação e levei quase meia hora para chegar no nível do mar novamente. Não havia muita pressa porque as rochas que avistei no fim da praia ainda estavam na sombra. Andei bastante procurando algum lugar mais plano e encontrei apenas um, mas que se mostrou bastante confortável. Nesse horário e até as 9:30 h não havia nem sombra de pessoas na praia, nem mesmo no pequeno e único bar. Percebi um volume mais pesado na rede, porém não sei se tinha alguém enrolado ali. O sol espetacular e a tranquilidade do local me fizeram ter vontade de passar o resto da viagem onde estava. No entanto, todos os movimentos seguintes já estavam estipulados e sem muita chance de mudança. A contragosto me preparei às 16:30 h para subir a colina e voltar para o hotel.