Já estava achando que o sinal de Não Perturbe não adiantava para nada, uma vez que não havia percebido nenhuma modificação no quarto por três dias consecutivos, apesar de havê-lo utilizado apenas na primeira noite. Os lençóis continuavam revirados, as toalhas não eram trocadas e o lixo não era mexido. No entanto, hoje que resolvi ficar na cama até mais tarde, ouvi uma leve batida na porta às 11:00 h. Foi o sinal para levantar rapidamente, reunir o necessário e sair. Não pretendia fazer nada extravagante no último dia completo na cidade e também não sabia para onde ir. Na dúvida fui sentar numa sombra do grande parque do outro lado da rua. Precisava conhecer o centro com mais propriedade, porém estava com muita preguiça para ficar andando. Depois de quase uma hora e meia sentado, resolvi tomar coragem. Levantei para encher a garrafa de água e dei mais algumas voltas no parque antes de seguir para o centro. O principal atrativo do dia seria a grande Basílica de São João, onde uma missa estava iniciando bem no horário que cheguei. A pequena quantidade de assistentes, todos aglomerados em apenas um lado da nave, levava a crer que se tratava de um serviço especial para família. Saindo dali, entrei no jardim que ficava do lado do templo e, saí pela outra ponta na frente da rodoviária. Outro recinto com menos verde e mais concreto era o pátio do palácio episcopal, com um chafariz no centro e esculturas de alguns santos. Ainda entrei na igreja de São Bernardo, com várias capelas em estilo barroco e pouco iluminadas. Acho que não valia a pena gastar eletricidade num local que quase ninguém visitava. Voltei à praça central para o último adeus e cheguei um pouco mais cedo no hotel para preparar as mochilas para o retorno a Budapeste amanhã.